domingo, 5 de julho de 2009

PROJETO DE APRENDIZAGEM - DISLEXIA

Para o novo projeto de aprendizagem que vou desenvolver junto com as colegas Silvana, Giovana e Maria de Lourdes foi escolhido o tema DISLEXIA, tendo como questão de investigação: Como podemos ensinar crianças disléxicas?
Quero destacar nesta postagem a aprendizagem que estava assimilada e passou por um processo de adaptação e acomodação, pois no semestre passado haviamos desenvolvido um projeto de aprendizagem, a medida que este se realizava aprendíamos os passos de um projeto, assimilávamos as características de como aprender através de um PA. Agora, estas assimilações se modificaram, ao termos que revê-las para aplicarmos no novo projeto, sendo que este já deveria apresentar as características pré-estabelecidas no anterior sobre dúvidas e certezas, mapa conceitual, plano de ação, visual da página, interrelação entre os componentes do grupo. Resumindo, a primeira parte do PA esta elaborada, recebeu algumas orientações da nossa tutora Liliana, mas já evidenciava que aprendemos a estruturar um PA.
Quem quiser dar uma espiada na nossa página, o link é: http://grupop6dislexia.pbworks.com/

ADORNO E KANT-perguntas e respostas

Foi bastante gratificante realizar esta atividade sobre Adorno e Kant, em que após as leituras dos textos, deveria criar duas questões para uma colega (Fabiana Silva) responder, analisar as perguntas que ela me fez e avaliar as respostas que ela deu as minhas perguntas. Gratificante porque possibilitou a troca de conhecimentos entre nós, levou a reflexão da essência dos textos para elaborar as questões, desenvolveu a crítica ao ler e avaliar tanto as perguntas quanto as respostas da colega, usando de ética, argumentando aquilo que consideramos apropriado ou não nas avaliações. Proporcionou também conhecermos uma colega com a qual não temos tanto engtrosamneto no PEAD, visto sermos muitas e acabamos realizando os debates e conversas com aquelas mais achegadas.

AUTISMO-CONHECIMENTOS E CURIOSIDADES

Leo Kanner e Hans Asperger realizaram os primeiros estudos e relatos sobre o autismo na década de 40 e foi somente na década de 90 que chegaram a conclusão de que trata-se de uma síndrome com um conjunto de sintomas, que designam "tríade de comprometimentos"(déficits no relacionamento interpessoal, na linguagem/comunicação, na capacidade simbólica e ainda, comportamento estereotipado, atentando-se para as diferenças individuais). Estudos epidemiológicos têm apontado que 70% dos indivíduos com autismo apresentam deficiência mental (Gillberg, 1990). Somente 30% apresentam um perfil cognitivo caracterizado por uma discrepância entre as áreas verbal e não-verbal em testes padronizados. Nesses indivíduos, geralmente não se identificam problemas na área não-verbal, podendo esta inclusive estar acima do esperado para a idade cronológica. O cinema encarregou-se de divulgar a noção de que indivíduos com autismo apresentam talentos especiais. Na verdade, tais habilidades estão presentes em menos de 10% dos indivíduos diagnosticados como apresentando autismo e tem sido explicadas pela combinação de comportamentos obsessivos e interesse sociais limitados ou ainda, pela tendência em processar informações do ambiente de forma específica e não global (Pring, Hermelin, Buhler & Walker, 1997).

Como aponta o texto de Cleonice Bosa: "o autismo é uma síndrome intrigante porque desafia nosso conhecimento sobre a natureza humana. Compreender o autismo é abrir caminhos para o entendimento do nosso próprio desenvolvimento. Estudar autismo é ter nas mãos um “laboratório natural” de onde se vislumbra o impacto da privação das relações recíprocas desde cedo na vida. Conviver com o autismo é abdicar de uma só forma de ver o mundo – aquela que nos foi oportunizada desde a infância. É pensar de formas múltiplas e alternativas sem, contudo perder o compromisso com a ciência (e a consciência!) – com a ética. É percorrer caminhos nem sempre equipados com um mapa nas mãos, é falar e ouvir uma outra linguagem, é criar oportunidades de troca e espaço para os nossos saberes e ignorância. Se a definição de autismo passa pela dificuldade de se colocar no ponto de vista afetivo do outro (um comprometimento da capacidade empática, como diz Gillberg, 1990) é no, mínimo curioso, pertencer a uma sociedade em que raros são os espaços na rua para cadeiras de roda, poucas são as cadeiras escolares destinadas aos “canhotos” e bibliotecas equipadas para quem não pode usar os olhos para ler. Torna-se então difícil identificar quem é ou não “autista”.

De fato, o autismo é um desafio, como coloquei no fórum, eu li, refleti mas não consigo me imaginar tendo um aluno autista!