segunda-feira, 28 de setembro de 2009

LIBRAS-LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

A aula presencial de LIBRAS foi muito interessante, que professora maravilhosa! Não há nada mais significativo que ver e aprender a partir da prática, no caso, da prática da professora em falar conosco através da linguagem de sinais.
Foram muitas aprendizagens neste dia em relação a linguagem de sinais e aos surdos. Primeiro que trata-se de uma linguagem própria, com características específicas de acordo com a região e mesmo entre grupos de surdos, visto que eles criam sinais para expressarem o que é significativo para eles. Outro aspecto é que eles compreendem o mundo de forma diferente de nós, ouvintes. Também que precisam de equipamentos que auxiliem na comunicação com outros, hoje a internet e o celular(mensagens), facilitam muito. Importante entender que não basta conhecermos o alfabeto em sinais, porque na linguagem não é possível soletrar tudo, para isso existem sinais específicos para várias expressões, que incluem gestos e expressões faciais.
Podemos dizer que os surdos falam com o corpo!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

LETRAMENTO EM QUESTÃO

Importante esta abordagem da linguagem através dos modelos de letramento, apesar de ser este um termo ainda em estudos pela sua complexidade e variedade de estudos que nele se enquadram.
Embora já tivesse um conhecimento superficial sobre letramento como um conceito que vem abranger algo mais do que a alfabetização - aquisição do código de leitura e escrita - para a valorização dos conhecimentos adquiridos fora da escola e que permeiam o espaço social dos alunos.
Na leitura do texto "MODELOS DE LETRAMENTO E AS PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO NA ESCOLA", compreendi melhor que letramento abrange muito mais do que a prática de leitura e escrita, devendo levar em conta os agentes de letramento social como a família, a igreja, a rua, o local de trabalho das pessoas. Outro aspecto significativo que o texto apontou foi a abordagem das leitura a partir da oralidade dos alunos, como interlocutores se aproximariam mais do reconhecimento dos diferentes gêneros literários.
Por isso registrei num trabalho de Linguagem que " se faz necessária na aquisição da leitura e da escrita uma prática que possibilita uma leitura crítica da realidade, que se constitua como um instrumento de resgate da cidadania e reforce o engajamento do cidadão nos movimentos sociais em busca de melhoria da qualidade de vida e transformação social."Em minha prática como educadora me esforço em valorizar a cultura dos meus alunos, bem como os conhecimentos deles ao elaborarmos textos coletivos, trazerem informações da família sobre os assuntos em estudo e permitindo a participação deles nas aulas. Mas sei que ainda preciso me desvincular mais do modelo de letramento dominante, com o qual fui letratada e consequentemente repasso aos alunos, principalmente ao me preocupar muito com os conteúdos determinados para a série/ano, mas aos poucos vou revendo e modificando minha prática, a medida que estou tendo mais suporte teórico para me apoiar nas mudanças.

COMÊNIO E SUA CARTA MAGNA

No estudo introdutório da interdisciplina de DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO, nos reportamos à história da didática que vem desde o século XVII, com os estudos de Comênio buscando uma pedagogia que valorizasse a capacidade de compreensão do aluno, se preocupasse com a motivação destes para aprenderem e não sobrecarregassem os estudantes, propondo diferentes tipos de atividades. Os desejos de uma mudança nos sistemas educacionais ficaram evidentes em sua Carta Magna. Eu fiquei muito surpresa com estes ideais de educação em tempos em que a religião submetia o povo aos seus ensinos. No entanto também me questionei por que ainda hoje, em tempos de democracia, o papel do professor, que deveria ser todo voltado ao potencial do aluno, as suas capacidades e limites, trazendo para a sala de aula a realidade deste aluno, transformando a cultura e vivência de cada um em material de apoio didático e pedagógico, ainda tem traços de submissão e incompreensão.

domingo, 20 de setembro de 2009

SEMINÁRIO INTEGRADOR - PA

De acordo com comentários de alguns colegas, é provável que esta minha postagem gere críticas, mas eu não posso deixar de apresentar de forma positiva a minha aprendizagem em relação aos Projetos de Aprendizagens e serem estes uma nova proposta de metodologia da pedagogia moderna.
Antes de apontar os motivos de ver as vantagens de se trabalhar com PAs com os alunos, preciso dizer que estou bem ciente de que será um desafio, que teremos de enfrentar:
a resistência de alguns colegas que não estão dispostos a mudar;
a imposição da coordenação em se aplicar os conteúdos especificados no currículo;
e também os pais que acreditam que caderno cheio é sinônimo de boa educação.
No entanto, a proposta de aprendizagem a partir de projetos elaborados em cima da curiosidade dos alunos, de questões levantadas por eles é inovadora, tem base teórica e é significativa para a aquisição do conhecimento autônomo.
INOVADORA-porque esta nova metodologia de ensino se faz possível com as tecnologias de comunicação digitais e virtuais, que permitem o acesso a todo tipo de informação e imagem, de qualquer parte do mundo (globalização).
APOIO TEÓRICO-o trabalho com PAs tem suportes na Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire em encontro com Jean Piaget, formando a proposta de educação de Pedagogia da Incerteza, sendo que a aprendizagem em rede não pode partir de ações que traduzam ideias em práticas, mas necessita de expressão em práticas pedagógicas.
SIGNIFICATIVA-porque educa para a busca de solução de problemas reais, transforma informações em conhecimento, educa para a autoria, a expressão, a interlocução, investigação, autonomia e a cooperação.
As evidências de que é preciso mudanças na educação estão nas grandes dificuldades que eu e meus colegas professores estão enfrentando nas salas de aulas, com alunos desmotivados, inquietos, desatentos, com baixos rendimentos na aquisição das habilidades básicas de leitura e escrita e quatro operações, portanto cheios de criatividade, energia, disposição e principalmente curiosidade em conhecer o mundo que os cerca, muito além da escola.


domingo, 13 de setembro de 2009

EJA- FUNÇÃO REPARADORA

Nas primeiras leituras sobre EJA fiz uma aprendizagem bastante significativa a respeito da função reparadora da EJA, tendo em vista que jamais havia pensado neste aspecto da necessidade de se oferecer esta modalidade de ensino nas escolas públicas. Conforme o Parecer CEB 11/2000, o Brasil por muitos anos negligenciou a educação aos índios, negros, caboclos migrantes e trabalhadores braçais, entre outros, assim estes foram privados da plena cidadania e os seus descendentes destes grupos ainda hoje sofrem as consequencias desta realidade histórica, conforme as estatísticas mostram. A EJA vem fazer a reparação desta realidade, reconhecendo o advento do princípio de igualdade.
Até então eu pensava a EJA apenas como uma oportunidade de escolarização aos que não tiveram acesso na idade própria por motivos de falta de interesse, pais que não apoiavam, provenientes das zonas rurais, enfim, mas agora compreendo a amplitude desta modalidade em suas funções reparadora, equalizadora e permanente.