segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

ENFIM, ESTAMOS APENAS NO COMEÇO

O processo de aprendizagem não pode ter um fim, mas criar a certeza de que ainda temos que aprender, somos, como diz Paulo Freire, sujeitos inacabados. O curso de Pedagogia - PEAD, chega ao fim, mas aprendi que na educação nunca aprendemos tudo, mas sempre temos muito a aprender. Portanto, registrei nas considerações finais de meu trabalho de conclusão que:

"como todo o processo em experimentação, podem surgir obstáculos e imprevistos. O contexto é cândido, mas em harmonia com Freire, o professor deve experimentar-se enquanto “ser cultural, histórico, inacabado e consciente do seu inacabamento” (FREIRE, 2002, p.55), portanto as arquiteturas pedagógicas por sua adaptabilidade aos diferentes conteúdos, habilidades e ambientes de ensino, apresentarão situações que requerem ajustes do professor, de acordo com sua clientela e a realidade da sua comunidade. No entanto, o professor ao assumir-se como um articulador, estará disposto e será flexível na tomada de decisões, atuando junto aos alunos, vivendo o dia-a-dia da sala de aula com suas dificuldades, sucessos e insucessos tanto seu como do seu grupo.
Os profissionais da área da educação, conscientes das mudanças contínuas do meio e, consequentemente da escola, estão capacitando-se na área tecnológica, habilitando-se no uso de mídias de comunicação e informação, buscando estarem aptos para atender à nova geração de alunos internautas. Com suporte teórico e convicção os professores poderão buscar junto a direção das escolas e das Secretarias de Educação espaço para novas metodologias, apoio aos professores interessados e facilidades na organização e flexibilização do currículo. Acredito que já estamos nos encaminhando para isso, percebemos um movimento político favorável à modernização das escolas, incluindo os recursos tecnológicos apresentados neste texto."

TRABALHO EM GRUPO - DESENVOLVENDO A AFETIVIDADE

Atingir a habilidade de afetividade, troca e comunicação social na escola se torna possível com maior êxito quando o professor promove um ambiente em que seus alunos trabalhem em grupos. Que vantagens esta forma de organizar a sala de aula terá sobre os alunos?
Temos que lembrar que lidamos com alunos heterogêneos, com competências e capacidades distintas. Então temos entre nossos próprios alunos uma forma de otimizar as dinâmicas de sala de aula, favorecendo os alunos com baixo rendimento na interação com colegas mais dotados. O professor que sabe se organizar, planejar bem as atividades que pretende realizar com a turma, tem disposição para monitorar as reações dos grupos e sabe interferir quando há distrações conseguirá ter resultados positivos no trabalho com atividades coletivas ou em grupos.
"Grupos podem ser úteis para diversos propósitos de uma aula. Além disso, alunos que trabalham juntos em pequenos grupos produtivos aprendem mais rapidamente e com mais segurança do que alunos que aprendem com base em outras metodologias. Uma revisão da literatura sobre a eficácia de pequenos grupos revela que eles podem ajudar os alunos a aumentar sua motivação, desenvolver atitudes positivas em 26 relação aos materiais do curso e melhorar suas competências para resolver problemas. [...] Há três razões principais para usar grupos na sala de aula: desenvolver competências, conhecimentos, hábitos e valores. " (OLIVEIRA E CHADWICK, 2001, p. 301)

Resumindo, o principal objetivo do trabalho em grupos é facilitar a aprendizagem. A aprendizagem é um processo social porque “só existe saber na invenção, na reinvenção, na busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens fazem no mundo, com o mundo e com os outros” (FREIRE, 1978, p. 66)

TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO - DESENVOLVENDO HABILIDADES

O Trabalho de Conclusão de Curso faz uma análise profunda das habilidades que se espera da educação contemporânea, fazendo uso das novas tecnologias de comunicação e informação, desenvolvendo em sala de aula projetos de aprendizagens, como uma arquitetura pedagógica eficaz, que revela inteligências múltiplas, permitindo ao aluno ser autônomo, cooperador e atuante em sua própria aprendizagem.

As teorias que sustentam as informações apresentadas são de origens filosóficas, psicológicas e pedagógicas, apoiadas por Freire, Piaget, Vygotski entre outros pensadores e estudiosos das teorias destes grandes nomes. Também se apóiam nos Parâmetros Curriculares Nacionais e Planos de Estudos do município de Sapiranga e no Projeto Político-Pedagógico do Centro Municipal de Educação Dr. Décio Gomes Pereira, onde foram aplicados projetos de aprendizagens com alunos de quarto ano do Ensino Fundamental, comprovando que é possível inovar na educação sem deixar de desenvolver as competências necessárias.

Tanto as teorias estudadas e quanto a prática de Projetos de Aprendizagens evidenciaram que o aluno que realiza atividades em grupo tem um potencial maior para desenvolver as competências objetivadas pela educação. Considerando que os alunos são sujeitos geneticamente sociais, a sociabilidade é o ponto de partida das interações sociais com o meio que os rodeia, por isso, ao analisar arquiteturas pedagógicas percebemos que estas estão relacionadas ao trabalho em grupo e favorecem o desenvolvimento de valores como responsabilidade, solidariedade e respeito ao bem comum, ao mesmo tempo em que se torna um ser autônomo.

Destaca-se aqui que a educação nas escolas não pode mais se sustentar na transmissão e aquisição de conteúdos preestabelecidos pelos currículos dos sistemas de ensino. Não que os conteúdos devam ser descartados, mas estes não podem ser o fim da educação apenas um caminho a ser seguido pelos educadores. Os PCNs esclarecem que o que muda é a função que se deve atribuir aos conteúdos, ampliando para além de fatos e conceitos, incluindo procedimentos, valores, normas e atitudes. Esta atribuição passa para a escola a responsabilidade na formação dos alunos e a necessidade de um planejamento pedagógico consciente.

Quanto as tecnologias de comunicação e informação, cada vez mais presentes no cotidiano dos sujeitos, elas se configuram como mais um recurso pedagógico. A internet permite a criação de rede virtuais de comunicação através de e-mail, blog, msn, pbworks, proporcionando aos estudantes interagirem com diversas informações e opiniões. As propostas de arquiteturas pedagógicas que aliam a educação com as novas tecnologias de comunicação e informação se fundamentam nas concepções filosóficas, psicológicas e pedagógicas da educação. Conforme Locke afirmava, “a educação devia ter fins práticos, a fim de preparar o homem para a vida.” ( RAMOS, 2007,p. 53 ) Com a tecnologia interativa proporcionada pelos meios telemáticos o currículo passa a ter a nova dimensão de colocar a criança no mundo. Como não se pode trazer toda a vida para a escola, os espaços digitais proporcionados pelo computador enriquecem os recursos pedagógicos. O computador ainda serve como um portal de acesso ao que está distante e, ao criar redes de conexões, novos espaços podem ser criados.


GELEIA DE HIBISCOS


O professor Dr. Jaime José Zitkoski , meu orientador no estágio e na elaboração do TCC, não esqueceu de citar a geleia que eu preparei em meu estágio e que ele viu em uma de suas visitas.
Realmente foi um dos pontos altos de meu estágio e uma evidência de que os conteúdos podem ser adaptáveis as situações que surgem durante o ano letivo. para entenderem melhor:

Estava desenvolvendo PAs com meus alunos, em que as questões eram sobre as curiosidades dos alunos a respeito do corpo humano. Certo dia, o avô de uma aluna ofereceu para a turma colher as flores de hibiscos e aprender a fazer a receita de geleia com esta flor. Coincidentemente, saiu uma reportagem no Jornal NH no caderno Viver com Saúde uma semana antes do convite, falando sobre os
benefícios desta planta como chá e no preparo de algumas iguarias como a geleia.
Visto que os alunos sempre abriam este caderno buscando informações sobre o corpo humano que acrescentassem em seus PAs, quando falei do convite, eles
lembraram do artigo. Então, trabalhamos a reportagem, fazendo leitura e interpretação. Buscamos informações com as famílias, sobre outras plantas que utilizamos no preparo de chás e alimentos. Realizamos uma exposição de
amostras de chás utilizados pelas famílias, com informações sobre o preparo e os tipos de moléstias que eles ajudam a tratar.

Enfim, fomos até a chácara do seu Bruno em Araricá, colhemos as flores de hibiscos e aprendemos a receita, conforme segue:

2 kg de cálices das flores
2 kg de açúcar
4 l de água
Leve a água e o açúcar ao fogo em uma panela de preferência de fundo grosso e deixe ferver até que o açúcar se dissolva. Junte os cálices de hibisco, misture bem e assim que começar a ferver novamente abaixe o fogo.Cozinhe em fogo baixo com a panela semi-tampada, mexendo vez ou outra.
Quando a geléia estiver bem brilhante e com consistência cremosa estará pronta. Para saber o ponto, passe a colher bem no meio da panela, deverá formar um caminho, isso se chama ponto de estrada e indica que o doce ou a geléia
está no
ponto certo.

A FLOR

O CÁLICE

A COLHEITA

PROVANDO O SUCO E A GELEIA

CONTEÚDOS PREDETERMINADOS - IMPORTANTES OU NÃO?


Em meu trabalho de conclusão considerei a questão dos conteúdos estipulados pelos sistemas de ensino para cada série ou ano do Ensino Fundamental. O objetivo desta abordagem foi mostrar que os conteúdos não são um obstáculo para que se desenvolva a arquitetura de Projetos de Aprendizagem que partem da curiosidade dos alunos, e portanto trata-se de uma proposta multidisciplinar. Citei o que diz nos PCNs sobre os conteúdos, que eles não são o fim do ensino, mas apenas um caminho traçado para direcionar o professor de forma a abordar os assuntos essenciais para que o aluno prossiga na série ou ano seguinte sem dificuldades. Este aspecto conforme editado nos PCNs tornam os conteúdos mínimos flexíveis e adaptáveis as diversas realidades dos educandos, incluindo suas curiosidades apresentadas como questões de investigação para desenvolverem seus PAs.

Quando a Profª Dr. Maria Eli me questionou sobre a colocação que fiz em minha fala, criticando os colegas professores que ainda se apegam estritamente aos conteúdos e não inovam e nem ampliam seus horizontes satisfazendo as mudanças da sociedade e do cotidiano de seus alunos, fiquei feliz comigo mesma, porque sabia responder, pois de fato, em nenhum momento coloco em meu TCC que os conteúdos não sejam necessários, mas sim que o mais importante é desenvolver as habilidades especificadas nos currículos através de abordagens que enfoquem os conteúdos.

domingo, 12 de dezembro de 2010

BANCA TCC- Principais ideias

Quarta-feira, dia 08/12/2010, foi o dia D tanto para mim como para algumas colegas do PEAD. Elaborei alguns slides para apoiar a minha fala, que sintetizaram as idéias principais do meu trabalho de conclusão.

Visualize os slides link.

Algumas colegas dizem que sou muito tranquila, elas é que não sabem o quanto estava nervosa antes de chegar a minha hora. Mas é importante registrar que quando se fala daquilo que se fez não há como errar. Podem até faltar alguns detalhes, mas não inverdades!

sábado, 4 de dezembro de 2010

MUDANÇAS PROPORCIONADAS PELO CURSO

O Seminário Integrador propôs a atividade de reflexão sobre as mudanças que o curso proporcionou em minha vida como


Realizei esta atividade no pbwork com certa emoção, em especial ao escrever sobre as mudanças pessoais que fiz:
me sinto mais segura
estou motivada
sou mais criativa
acredito mais na educação
feliz pela superação e conquistas
realizada profissionalmente
renovada como estudante

Deixo um recado para quem ainda não buscou sua formação, em especial profissionais da educação: vale a pena o esforço e a dedicação. A educação a distância é tão quanto, ou mais ainda eficiente que a educação presencial. Se a educação a distância é um caminho para sua formação, não seja preconceituoso, a aprendizagem quem faz é o aluno através da sua motivação. Os professores estão presentes virtualmente, cabe ao aluno buscá-los pelos meios virtuais como o e-mail, o msn, bate-papo do gmail e outros.

TCC - uma conquista

Finalizando minha trajetória como estudante do curso de Graduação em Pedagogia, através do PEAD, era necessário a elaboração do trabalho de conclusão de curso, que realizei com muita dedicação, leituras e pesquisas. O tema escolhido, na minha concepção não poderia deixar de ser as tecnologias em favor da educação, ao empregar arquiteturas pedagógicas. Assim penso, porque o curso todo, por ser a distância, enfocou desde o início o uso da ferramentas tecnológicas de comunicação e informação, buscando formar pedagogos com as competências necessárias para fazer uso destas como recurso pedagógico inovador, prático e dinâmico. Desde o início do curso tive esta compreensão e todas as sugestões trabalhadas nas interdisciplinas procurei aplicar em sala de aula e no estágio, claro, apliquei PAs.

Quando como aluna desenvolvi o PA sobre Ciclones, destaquei em uma postagem reflexiva que

Aponto como principal vantagem deste tipo de trabalho: aprender com aquilo que nos interessa. Na minha avaliação, nosso trabalho está ficando muito bom, modéstia a parte, e atribuo isso ao fato de que realmente queríamos obter as respostas para as nossas dúvidas e ver se nossas certezas se confirmavam ou não. A medida que ia aprendendo ficava impressionada com as informações, o quanto era complexo o assunto e, a partir de uma aprendizagem acabava surgindo outra, para que compreendesse realmente os processos envolvidos.
Com certeza, adaptar este tipo de trabalho aos meus alunos seria muito mais interessante para a aprendizagem deles. Mas confesso que, mesmo considerando este método eficiente para proporcionar aprendizagens, ainda não sei como seria coordenar o trabalho em sala de aula com diversos temas sendo pesquisados. Precisamos, nós professores, de orientação e apoio da equipe diretiva da escola para desenvolver PAs com nossos alunos, isso requer também mudanças no nosso currículo.

Portanto, dediquei meu TCC ao estudo das habilidades e competências possíveis de serem desenvolvidas com a aplicação de PAs e uso de tecnologias de comunicação e informação.

Meu TCC pode ser visualizado no link:

tccversao3_patilopes.pdf

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Meu estágio foi com meus alunos de 4º ano da manhã. Apliquei Projetos de Aprendizagem, tendo como suporte os conhecimentos adquiridos em 2009/2, conforme destaquei na seguinte postagem:

"a proposta de aprendizagem a partir de projetos elaborados em cima da curiosidade dos alunos, de questões levantadas por eles é inovadora, tem base teórica e é significativa para a aquisição do conhecimento autônomo.
INOVADORA-porque esta nova metodologia de ensino se faz possível com as tecnologias de comunicação digitais e virtuais, que permitem o acesso a todo tipo de informação e imagem, de qualquer parte do mundo (globalização).
APOIO TEÓRICO-o trabalho com PAs tem suportes naPedagogia da Autonomia de Paulo Freire em encontro com Jean Piaget, formando a proposta de educação dePedagogia da Incerteza, sendo que a aprendizagem em rede não pode partir de ações que traduzam ideias em práticas, mas necessita de expressão em práticas pedagógicas.
SIGNIFICATIVA-porque educa para a busca de solução de problemas reais, transforma informações em conhecimento, educa para a autoria, a expressão, a interlocução, investigação, autonomia e a cooperação.
As evidências de que é preciso mudanças na educação estão nas grandes dificuldades que eu e meus colegas professores estão enfrentando nas salas de aulas, com alunos desmotivados, inquietos, desatentos, com baixos rendimentos na aquisição das habilidades básicas de leitura e escrita e quatro operações, portanto cheios de criatividade, energia, disposição e principalmente curiosidade em conhecer o mundo que os cerca, muito além da escola.


A arquitetura peadgáogica de PAs, na prática em sala de aula se configurou como um recurso eficaz, produtor de aprendizagens múltiplas entre os alunos.

SEMESTRE 9

AVALIAÇÃO E ESTÁGIO

Para planejar a ação da prática de estágio, fez necessária uma retomada dos estudos sobre PLANEJAMENTO e AVALIAÇÃO. Segundo publiquei em postagens anteriores, sobre a importância do planejamento, que ao

"planejar seu trabalho o professor deve considerar se o tema escolhido é, entre outros aspectos:
  • importante e relevante para o aluno
  • desperta e satisfaz sua curiosidade
  • parte do diálogo com ele e o motiva
  • contribui para a sua vida
  • é acessível, pertence ao seu cotidiano
  • desencadeia outras possibilidades de projetos de estudo
Quanto a avaliação, registrei que

"Para que se efetive como uma prática coerente com o momento histórico de transformação da educação que vivemos, a avaliação deve ter uma concepção democrática. Citando Luckesi, a autora acima mencionada destaca que a escola com esta concepção constitui-se "uma organização que permite ao aluno caminhar dentro de seu estágio e sem retrocessos, construindo seu conhecimento dentro de suas características pessoais e a avaliação tendo a função fundamental de informar e dar consciência ao professor de como os alunos estão caminhando nesse processo, para poder reorientá-lo e tomar as decisões mais cabíveis."

Como profissional que trabalha com pessoas, cada uma com suas características e história de vida próprias, sempre me preocupei em desenvolver um trabalho que respeitasse o aluno como um todo e, ao avaliar, considerasse sua habilidades e competências. Os conhecimentos conforme descritos acima, apóiam esta concepção que já tinha, porém agora, com fundamentação teórica.

domingo, 21 de novembro de 2010

SEMESTRE 8

A interdisciplina que se destacou neste semestre foi a de EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS. Realizei as seguintes postagens refrentes ao que li e estudei:

“Nas leituras que já realizei até agora, reforçei a opinião que já tinha favorável a inclusão por ser importante as crianças e levar em consideração a diversidade. Agora espero ter os meios de melhorar a educação destes alunos, na apropriação de conhecimentos e habilidaes que lhe deem mais autonomia.

Nesta primeira postagem mencionei o desejo de melhorias. Em maio/2009, postei sobre artigos da lei que especificam o que os sistemas de ensino devem oferecer a fim de promover a educação aos PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS e então desabafei:

“Por que a dúvida? Isso está definido na lei, mas nem Sapiranga, nem Novo Hamburgo onde moro, e nem em outros municípios da região oferecem este apoio pedagógico aos professores e educandos portadores de necessidades especiais nas classes comuns. Sapiranga oferece serviços especializados em centros como o NAE- Núcleo de Atendimento ao Educando, APAE, APADA, escola pólo para deficientes visuais. Porém atendimento nas escolas regulares, junto aos professores ou com os alunos não existe. Mas se é lei, quando irá vigorar? Tem um prazo para os municípios se adequarem a lei? Ou cada um faz como pode ou acha melhor? Precisaria de mais esclarecimentos tanto da lei como do cumprimento dela por parte das autoridades competentes.

Nesta interdisciplina obtive um conhecimento muito importante sobre a plasticidade neural:

“Trata-se da capacidade ou habilidade do sistema nervoso de tomar a forma ou alterar a forma e funcionamento a partir da demanda ou exigência do meio. Junto com este conhecimento é importante sabermos, como educadores, que a escola funciona como uma provedora de estímulos. Segundo o texto, "o ambiente escolar promove desafios de aprendizagem...O estudo da plasticidade neural vem nos demonstrar que o ser humano é ilimitado e que, apesar das condições genéticas ou neurológicas, o ambiente tem forte intervenção nesses fatores. Quanto mais o meio promove situações desafiadoras ao indivíduo, mais ele vai responder a esses desafios e desenvolver habilidades perdidas ou que nunca foram desenvolvidas. Uma criança com atraso no desenvolvimento motor, ou com uma paralisia cerebral, quando incluída em ambiente escolar inclusivo, tem inúmeras razões para se sentir provocada a desenvolver habilidades que não desenvolveria em um ambiente segregado."

Hoje, ao rever esta postagem posso dizer com satisfação que a escola onde trabalho já possui uma sala de atendimento multifuncional, atendendo alunos portadores de necessidades educacionais especiais, buscando a forma mais conveniente para estes alunos se apropriarem do conhecimento, explorando suas potencialidades.

SEMESTRE 7

Este semestre foi bastante reflexivo profissionalmente, ao analisar vários aspectos referentes aos direitos como profissional da educação, como membro docente de uma comunidade escolar. Durante as leituras e postagens passei a ver a importância de me posicionar, portanto postei o seguinte:

“Estou começando a criar coragem para me posicionar diante daquilo que não concordo, não de forma a querer que as coisas aconteçam sempre do jeito que eu quero, mas evidenciar o que penso faz parte do meu direito como membro da comunidade escolar, dita democrática, que portanto deve ter a participação ativa, levando em conta o que favorece a maioria, descentralizando o poder decisório de alguns. Aos poucos devo perder o medo de causar rupturas positivas, que podem levar outros a se manifestarem, que como eu, até então, criticam calados.”

Logo em seguida, fiz a postagem que analisa a importância do aperfeiçoamento do profissional da educação:

“Faço então a relação com o texto de Neusa Chaves Batista, em "A gestão democrática como modelo institucionalizado de administração da educação", quando menciona que através da democratização da educação 'as conquistas são muitas...e que é um conjunto de debates que oportunizaram e oportunizam sempre o exercício da negociação dos conflitos e o aprofundamento de concepções e das estratégias que as viabilizam. A luta por mais e mais democracia, fonte inesgotável do aperfeiçoamento da convivência humana, tem na educação sua maior sustentação e por isto tem de ser valorizada como prática política e pedagógica em todas as escolas." A medida que nos aperfeiçoamos como profissionais podemos conquistar mais espaço na sociedade!

O estudo de Marx e Mézsáros proporcionou um aprofundamento da necessidade de nos darmos tempo para estudar e da essência da educação:

“Marx afirmava que "o tempo livre é o campo de desenvolvimento do homem", portanto a luta dos trabalhadores pela redução da jornada de trabalho era verdadeiramente revolucionária. À medida em que homens e mulheres possam reduzir individualmente o trabalho social a ser realizado, poderão voltar-se ao desenvolvimento pleno de suas capacidades. Ao passo que Mézsáros coloca a educação como produtora de indivíduos conhecedores de suas próprias potencialidades e capacidades, ao falar de uma educação não formal, mas essencial.

Finalizando as postagens deste semestre, analisei dois aspectos referentes a carga horária. Agora posso atualizar a informação referente as horas de planejamento, que passaram de 2 horas semanais para 4 horas semanais. Veja como registrei em novembro de 2008:

“A LDB determina que o professor tenha 20% de sua carga horária semanal reservada para planejamento (hora atividade), eu só tenho 2h semanais para planejar.
A LDB determina que sejam 20h semanais por turno de serviço, eu trabalho 22h semanais por turno, assim, 44h por semana nos dois concursos. Consequência: sempre devo horas para a escola.
PARA REFLETIR: Mesmo que tivessemos 4h semanais de planejamento, o professor dedicado, empenhado em atingir os objetivos com seus alunos, fará isso somente nestas 4h e saindo da escola estaria livre de preocupações e pesquisas de material para criar atividades diferentes e interessantes para os seus alunos?
Colega professor, você sabe que a nossa carga horária é muito mais que as cumpridas em sala de aula. E as participações nas promoções da escola, e os cursos de capacitação, e o que gastamos do nosso dinheiro para elaborar materiais didáticos. Isso tudo não é visto. Ainda temos que ouvir que professor tem vida boa, tem 2 meses de férias!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

SEMESTRE 6



Não era possível destacar uma das interdisciplinas apenas neste semestre, então fiz em forma de gráfico com o recurso do Smartart do Windows. Acredito que consegui sintetizar apresentando a essência de cada abordagem interdisciplinar.
POSTAGENS: LETRAMENTO EM QUESTÃO

SEMESTRE 5

PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS

Destaco como principal interdisciplina deste semestre esta intitulada Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, pois com a inclusão de alunos portadores de necessidades especiais nas escolas de ensino regular, mais do que nunca o professor precisa estar preparado para proporcionar a esses alunos uma educação que desenvolva suas potencialidades, lembrando que inclusão não é só ter o aluno com deficiência física ou mental em sala de aula, mas ter uma sala de aula que lhe permita estar incluído como aluno capaz de aprender dentro das suas limitações. Uma das aprendizagens muito significativas foi sobre a plasticidade neural, no texto "CONHECENDO O ALUNO COM DEFICIÊNCIA FÍSICA ". Com este texto aprendi que trata-se da capacidade ou habilidade do sistema nervoso de tomar a forma ou alterar a forma e funcionamento a partir da demanda ou exigência do meio. Junto com este conhecimento é importante sabermos, como educadores, que a escola funciona como uma provedora de estímulos. Segundo o texto, "o ambiente escolar promove desafios de aprendizagem...O estudo da plasticidade neural vem nos demonstrar que o ser humano é ilimitado e que, apesar das condições genéticas ou neurológicas, o ambiente tem forte intervenção nesses fatores. Quanto mais o meio promove situações desafiadoras ao indivíduo, mais ele vai responder a esses desafios e desenvolver habilidades perdidas ou que nunca foram desenvolvidas. Uma criança com atraso no desenvolvimento motor, ou com uma paralisia cerebral, quando incluída em ambiente escolar inclusivo, tem inúmeras razões para se sentir provocada a desenvolver habilidades que não desenvolveria em um ambiente segregado."

Hoje tenho uma aluna portadora de necessidade educacional especial devido a deficiência motora. Para ela adaptamos um notbook que facilita a escrita, ela usa uma órtese na perna e na mão direita para evitar a atrofiação e recebe atendimento na sala multifuncional. Procuro valorizar sua potencialidade e a incentivo muito, pois ela precisa saber que tem capacidade e que não é uma "coitadinha" como muitos acabam pensando. Aos poucos ela tem progredido e fico feliz por ter recebido informações sobre este tipo de aluno em minha graduação, consigo ter um olhar diferenciado e percebo que existem colegas da área que não conseguem e, portanto, não aceitam a inclusão.

SEMESTRE 4

PROJETO DE APRENDIZAGEM

Neste semestre passamos a por em prática a arquitetura pedagógica de Projeto de Aprendizagem. Foram muitas as aprendizagens, tanto que estou escrevendo meu trabalho de conclusão sobre este tema, junto com tecnologias de comunicação e informação. Mas foi lá em 2008/2 que esta proposta didática passou a se configurar pra mim como recurso pedagógico aplicável e eficaz. Na época fiz uma postagem em que comentei o seguinte:

"Agora quero me aprofundar nos aspectos que envolvem o desenvolvimento de projetos de aprendizagem e me habilitar a utilizar estes como recurso pedagógico em minhas aulas e me tornar, como diz Paulo Freire, uma educadora com a consciência crítica do educando cuja "promoção" da ingenuidade não se faz automaticamente. (Pedagogia da Autonomia)"


No entanto, mesmo depois de desenvolver um PA a partir de um assunto que me interessava, ainda havia a incerteza, conforme tinha registrado em meu blog:

"Com certeza, adaptar este tipo de trabalho aos meus alunos seria muito mais interessante para a aprendizagem deles. Mas confesso que, mesmo considerando este método eficiente para proporcionar aprendizagens, ainda não sei como seria coordenar o trabalho em sala de aula com diversos temas sendo pesquisados. Precisamos, nós professores, de orientação e apoio da equipe diretiva da escola para desenvolver PAs com nossos alunos, isso requer também mudanças no nosso currículo."

Hoje já posso dizer que é possível sim aplicar PA com alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, pois apliquei e deu certo, claro que houveram adaptações e obstáculos, principalmente na questão da tecnologia, mas consegui inovar em sala de aula e me surpreendi com a capacidade das crianças em aprender a partir de suas curiosidades.

SEMESTRE 3

FAZER PERGUNTAS

Foram muitas as aprendizagens neste semestre, nas áreas da Matemática, das Ciências Naturais, Estudos Sociais e Tecnologias de Informação e Comunicação. No entanto vou destacar uma das aprendizagens mais significativas pra mim, como educadora, que é o saber perguntar e permitir ser questionado. Isso me remete ao vídeo de Rubem Alves, a partir do qual fiz a seguinte reflexão:
O vídeo “Saber e sabor” nos mostra Rubem Alves dizendo que o professor precisa “ensinar a pensar”, e isso se consegue se permitirmos aos alunos serem curiosos. Como conhecer suas curiosidades? Por incentivarmos que estes nos façam perguntas! Não as perguntas para as quais temos respostas prontas, fáceis, aquelas que esperamos, mas perguntas que nos levarão a pesquisar e a aprender a resposta juntamente com o aluno.
O “professor não deve ser apenas um respondedor a todas as perguntas dos seus alunos, mas ser um bom perguntador, que leve seus alunos a pesquisa, a buscar as respostas”. Que propicie um ambiente investigador em sala de aula, trazendo diferentes recursos visuais, concretos/palpáveis, de pesquisa (livros, revistas científicas, folhetos informativos, jornais), que saia da sala em busca de respostas no próprio
meio físico de seus alunos.
Para que os alunos busquem respostas é necessário exercitar a sua curiosidade, é preciso que tenhamos sede de compreender o universo físico, social, político e cultural, mas para aprender, é fundamental trabalhar com perguntas que ainda não sabem responder, senão, o que estariam aprendendo? Conforme a citação “ [...] No ensino esqueceram-se das perguntas, tanto o professor como o aluno, esqueceram-nas, e no meu entender todo conhecimento começa pela pergunta. Começa pelo que você, Paulo, chama de curiosidade. Mas curiosidade é uma pergunta!”. “[...] O que está acontecendo é um movimento unilinear, vai de cá pra lá e acabou, não há volta, e nem sequer há uma demanda; o educador, de modo geral, já traz a resposta sem lhe terem perguntado nada!” (Freire, Fundez, 1985), nos faz refletir, pois realmente já levamos aos alunos as respostas ou buscamos por respostas lógicas, no entanto a aprendizagem a partir das perguntas rompe o ciclo vicioso onde o que impera é a resposta, buscar-se-á resgatar a importância das perguntas e aprender a explorá-las, analisá-las, refiná-las, refazê-las, aprofundá-las na busca por respostas.

Esta reflexão contribuiu muito para compreender depois a aplicação de projetos de Aprendizagens como arquitetura pedagógica, em que se parte da curiosidade, da pergunta que leva a investigação.

domingo, 10 de outubro de 2010

SEMESTRE 2


RELACIONANDO CONCEITOS


Num retorno às interdisciplinas desenvolvidas no semestre 2, encontrei conceitos que se relacionam em cada uma das interdisciplinas e, claro, levam a uma educação de qualidade, visando sempre o aluno e seus aspectos cognitivos, afetivos e sociais.

1- O texto de Henri Giroux, aponta este aspecto significativo da instituição escolar com um projeto pedagógico elaborado para a formação sócio-politítica dos sujeitos: "Tornar o político mais pedagógico significa utilizar formas de pedagogia que incorporem interesses políticos que tenham natureza emancipadora; isto é, utilizar formas de pedagogia que tratem os estudantes como agentes críticos; tornar o conhecimento problemático; utilizar o diálogo crítico e afirmativo; e argumentar em prol de um mundo qualitativamente melhor para todas as pessoas. ...indivíduos e grupos em seus diversos ambientes culturais, raciais, históricos e de classe e gênero, juntamente com a particularidade de seus diversos problemas, esperanças e sonhos."

2 - Diana Goulart, em seu texto " Dalcroze, Orff, Suzuki e Kodály - Semelhanças, diferenças, especificidades" aponta que a música na escola deve ser usada como um dos recursos a ser incluído nos projetos políticos pedagógicos das escolas pois: "Um ponto fundamental é o reconhecimento da criança enquanto ser “visível”, dotado de características próprias, e não um projeto de adulto, ou um adulto incompleto. A psicanálise estuda os acontecimentos da infância e os aponta como origem de possíveis neuroses futuras; passa-se a levar em conta, na pedagogia, as etapas de desenvolvimento cognitivo, procurando-se estimular cada fase apropriadamente; compreende-se cada vez mais a importância do afeto, da motivação, da brincadeira na educação infantil e na construção de um universo adulto mais rico e saudável."
3- Qual a função pedagógica do teatro na escola? Segundo Cleusa Joceléia Machado,professora de Artes Cênicas da UFRJ, " Quando a atividade na aula de Teatro oferece a oportunidade de alguém compor algo para os seus pares, outorga-lhe também um papel de falar de e sobre aquele grupo. Desta forma, aquilo que o estudante acentua de comicidade, os temas que escolhe dar relevância, como elabora a composição gestual dos personagens, entre outras ações, manifestam sua opinião sobre o seu meio e sobre as pessoas que lá estão inseridas. De alguma maneira, o seu modo de vida e o do seu grupo se expressam nas mínimas escolhas das formas com que elabora sua expressão artística." Novamente percebemos a função formadora de sujeitos sociais, de convivência em grupo o que prepara para a vida em comunidade e sociedade. A escola é uma instituição social.

4- Nesta citação extraída do site da interdisciplina de Ludiciade e educação, novamente aparece a função da escola como formadora de sujeitos para a vida em sociedade: "O aluno precisa repetir, fazer sucessivas vezes para assimilar, entender os desafios do jogo para poder, também, compreender os desafios que lhe serão certamente impostos pela vida. "

5- Arte e educação apresenta uma proposta de trabalho com o ensino de artes, a partir de projetos de aprendizagem, fundamentado pelo autor Fernando Hernándes, denominado de "Projetos de Trabalho" que tem por princípio, formar indivíduos com uma visão mais global da realidade, vincular a aprendizagem a situações e problemas reais, trabalhar a partir da pluralidade e da diversidade, preparar para que aprendam durante toda a vida, etc.

6- Esta interdisciplina aponta a literatura rica em livros infanto juvenis que servem de instrumento pedagógico fértil para ser adaptado aos mais diferentes tipos de projetos, assuntos, conteúdos e saberes que se pretende desenvolver com os alunos, basta uma busca minunciosa do professor entre as prateleiras das bibliotecas escolares e públicas e uma boa preparação para contar histórias de forma a estimular a imaginação infantil e abrir horizontes além da realidade vivenciada pelas crianças.

sábado, 9 de outubro de 2010

SEMESTRE 1- 1ª POSTAGEM

ARISTÓTELES


Passeando pelo site da interdisciplina Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica, lendo o texto on line sobre a Maquinaria Escolar, encontrei o link que direcionava para Aristóteles, um dos grandes filósofos que contribuiu muito na formação histórica do que hoje é a educação. Podemos ver claramente, que apesar de tanto tempo atrás, Aristóteles já tinha um método de ensino bastante atual, conforme podemos ver neste trecho que sintetiza sua forma de conduzir a aprendizagem de seus discípulos:

Rigor no método - Depois de estudar as leis do pensamento, o processo dedutivo e indutivo aplica-os, com rara habilidade, em todas as suas obras, substituindo à linguagem imaginosa e figurada de Platão, em estilo lapidar e conciso e criando uma terminologia filosófica de precisão admirável. Pode considerar-se como o autor da metodologia e tecnologia científicas. Geralmente, no estudo de uma questão, Aristóteles procede por partes:
a) começa a definir-lhe o objeto;
b)passa a enumerar-lhes as soluções históricas;
c)propõe depois as dúvidas;
d) indica, em seguida, a própria solução;
e) refuta, por último, as sentenças contrárias.

Ao me deparar com os procedimentos com que Aristóteles dirigia os estudos fiz uma relação com a arquitetura pedagógica de Estudo de Caso, em que o professor propõe uma situação problema ou parte de uma situação apresentada pelo aluno e para ajudar na tarefa, como mostra o texto "Arquiteturas Pedagógicas para educação à distância"o professor apresenta, justa põe e contrapõe respostas e alternativas encontradas por especialistas, ou colegas, para problemas semelhantes, ou seja, enumera soluções históricas. Ao propor dúvidas ou refutar sentenças, o professor estará promovendo o feedback entre os alunos e suas descobertas.













domingo, 30 de maio de 2010

EDUCAÇÃO EM BUSCA DA QUALIDADE DO APRENDER

Este fim de semana durante uma palestra de capacitação oferecida pelo município de Sapiranga onde trabalho, trouxe o palestrante Max Haetinger com o tema "A escola que encanta e transforma vidas", me fez refletir sobre a minha graduação em Pedagogia pela UFRGS, com uma proposta de educação voltada para as novas tecnologias de informação e comunicação. As interdisciplnas tem me convencido da necessidade de mudanças significativas na educação. No entanto as minhas novas aprendizagens em termos de novas estratégias do meu agir como educadora esbarram na falta de compreensão da categoria ainda presa ao sistema tradicionalista de educar, em que o professor é o detentor do conhecimento e o aluno precisa aprender a reter o conhecimento como o professor o apresenta, ainda mais, colegas apegados a conteúdos prescritos para o ano, mas nem sempre de acordo com a curiosidade, interesse e necessidade dos alunos.
Alegremente, até porque o palestrante realmente nos encantou com sua performance como educador que sente prazer em educar, mas também porque sua mensagem mostrou claramente o que eu, como graduanda já sabia. Destaco aqui algumas de suas falas e minha reflexão de acordo com minhas aprendizagens:
  • "Aprendizagem é quando o aluno coloca em prática o conhecimento que reteve."

De fato, foi-se o tempo em que se avaliava o aluno pelas notas de uma prova, de conteúdos memorizados para aquele momento. A aprendizagem do aluno deve ser avaliuada pelas suas mudanças a partir dos conhecimentos que vai assimilando, de como processa esses conhecimentos na sua vivência, em suas relações interpessoais.

  • "...você deve entrar com os olhos voltados para o futuro e para um mundo cada vez melhor."

O professor precisa estar atualizado no que diz respeito ao uso de tecnologias. Como ele disse, não podemos ficar naquela de que "eu não gosto, naõ sei usar, isso não é pra mim". Nossa era exige atualização, nossos alunos estão inseridos nesse meio em que a informação está muito avançada, temos que saber usar para poder orientar.

  • "Nunca responda uma pergunta com uma resposta, sempre responda com outra pergunta..." ( Citando Sócrates)

Perguntas_a essência da arquitetura pedagógica de projetos de aprendizagens que passamos a desenvolver como alunas e estamos aplicando em nossos estágios.

  • "A cooperação e colaboração como base das relações"

A interatividade com que desenvolvemos muitos de nossos trabalhos através dos meios de comunicação interativos (blog, e-mail, msm) e que precisamos conquistar para nossos aprendizes nas relações em sala de aula são fundamentais em nossos tempos.

  • "A escola do lúdico, expressão, movimento e cultura"

Esta frase me levou a lembrar da interdisciplina Ludicidade e Educação que nos mostrou a importância do lúdico, do jogo no desenvolvimento cognitivo das crianças, do poder que o brincar tem na formação de habilidades.

Finalizando sua apresentação um de seus slides continha:

"Escola integrada culturalmente + Expressão corporal e artística + Tecnologia permanente = APRENDIZAGEM REAL E CONSCIENTE"

Espero agora que toda essa riqueza de concepção de educação tenha atingido o coração de muitos educadores e que estes passem a explorar novas ferramentas em suas aulas e compreendam a ações pedagógicas que as futuras pedagogas formadas pela UFRGS estão propondo!

domingo, 23 de maio de 2010

REFLETINDO SOBRE LIMITAÇÕES DO PA

Estou aplicando a arquitetura pedagógica de Projeto de Aprendizagem com meus alunos do quarto ano. Sem dúvida é uma nova forma de proporcionar uma educação voltada para o conhecimento autônomo, interativo, cooperativo e, pensando em futuro, formando sujeitos capazes de utilizar os recursos tecnológicos de informação e comunicação.
No entanto, conforme apontado no texto: Projeto de Aprendizagem? O que é? Como se faz?, "...o processo é lento..." De fato, estou me sentindo limitada em relação ao uso das tecnologias, que segundo o texto citado, sem a tecnologia é quase impossível proporcionar interatividade. Vejam bem: eu tenho acesso a informática e internet, até mesmo consegui mais horários para desenvolver os projetos com minha turma, mas isso significa ter um horário por semana e nem sempre temos internet no laboratório. Duas situações que desanimaram: num dia os alunos digitaram suas pesquisas e no outro foram concluí-las e, elas não estavam no computador! Outro dia alguns alunos digitaram no blog e, quando foram salvar, a conexão havia caído..., perderam tudo outra vez! Estas são situações que acabam desanimando e demorando demais o desenvolvimento do projeto, os alunos já estão perdendo o interesse, pois não chegam a conclusão dele. Temos que lembrar também que quando na sala de informática, como as crianças tem um acesso muito limitado, em uma hora conseguem digitar um parágrafo, alguns nem isso!
Quero deixar claro que não estou desmerecendo esta proposta pedagógica, apenas estou desabafando sobre alguns empecilhos que confirmam o que citei: é um processo lento! Existem muitas transformações a nível de instituição em oferecer o suporte técnico e os espaços capazes de atender a demanda de todos os alunos.

domingo, 2 de maio de 2010

APLICAÇÃO DE PAs COM OS ALUNOS


Estou aplicando com meus alunos a arquitetura pedagógica de Projetos de Aprendizagens. Conforme registrei na avaliação desta semana que se passou:

"Foi bastante interessante ouvir as certezas e dúvidas dos alunos. Percebi que a forma de educação a que estão acostumados não os leva a pensarem que sabem muitas coisas e por isso a primeira reação é dizer que não sabem nada. Também compreendi que este pensamento tem a ver com o fato de acharem que aquilo que sabem não é certo e então não falam com medo de errar. Precisei explicar que com este trabalho eles aprenderiam que muitas certezas estão corretas e algumas não. Tirariam as dúvidas, mas outras surgiriam."




E ainda:
percebo a satisfação dos alunos quando estão reunidos nos grupos e falando sobre suas curiosidades. Recebi o seguinte elogio da professora bibliotecária: “teus alunos estão uma amor pesquisando aqui, precisa ver como ficam impressionados de ver nos livros as figuras, as explicações, estou achando muito interessante este trabalho que tu estas propondo.”




Concluindo minha reflexão digo que, assim como eu senti prazer em aprender através de um PA, onde pesquisei sdobre um assunto de meu interesse, os alunos também se realizam na escola com uma educação mais autônoma, que valoriza seus interesses e permite que cresçam em conhecimento, mais ainda, sabendo onde buscar o conhecimento.

domingo, 18 de abril de 2010

PRIMEIRA SEMANA DE ESTÁGIO

Não poderia deixar de escrever sobre a primeira semana de estágio e a aplicação de uma das arquiteturas pedagógicas aprendidas durante o curso: Projeto de Aprendizagem - empregada com a turma. Conforme escrevi na avaliação semanal do estágio:


Nesta primeira semana iniciei com a arquitetura pedagógica de Projeto de Aprendizagem, que tem por objetivo maior desenvolver alunos autônomos, capazes de buscar o conhecimento daquilo que lhes interessa. Começando na segunda-feira pelo levantamento de perguntas cujo tema foi "corpo humano", cada aluno escreveu uma pergunta de algo que gostariam de aprender sobre o corpo humano. As perguntas que surgiram foram:

Como funciona o estômago?

Por onde entra o ar pelo pulmão?

Como funciona a cabeça?

Como funciona o órgão cerebral?

Como funciona o coração?

Por que o coração pára? Como acontece o ataque cradíaco?

Como funciona o fígado? Fumar faz mal para o fígado?

Como o coração bate?

Como funciona o rim?

Como pára o rim?

Como funciona o nosso cérebro?

Como funciona o pulmão?

Por que tem que ter sangue?

Como a doença afeta o nosso corpo?

Estas questões foram registradas no quadro para fazermos um refinamento das questões semelhantes, então ficaram as seguintes questões:

1-Como funciona o estômago?

2-Como funciona o coração?

3-Como funciona o rim?

4-Como funciona o pulmão?

5-Como funciona o nosso cérebro?

6-Como funciona o fígado?

7-Como a doença afeta o nosso corpo?

8-Por que tem que ter sangue?

Destas questões foram escolhidas como questão de investigação a questão 1, a 2, a 3, a 5 e a 8. Sendo que foram formados:

2 grupo de 4 alunos na questão 1;

3 grupos de 4 alunos na questão 2

1 grupo de 4 alunos na questão 3;

1 grupo de 3 alunos na questão 5;

1 grupo de 3 alunos na questão 8;

Fiquei satisfeita com as questões levantadas e escolhidas, creio que darão boas pesquisas. Estou curiosa para ver como eles assimilarão as informações sobre estes temas bastante científicos, mas mesmo que de forma simples consigam compreender o que lhes interessa será válido como experiência de aprendizagem.

A segunda etapa dos PAs foi abrirem uma conta no zipmail, através da qual cada grupo terá um blog para postarem as informações aprendidas durante o desenvolvimento do projeto. Como primeira mensagem a ser enviada para mim deveriam escrever o nome dos componentes do grupo, a questão de investigação e o que estão achando de estudar desta forma. Eles ainda estão engatinhando no uso desta ferramenta, demoram para digitar, mas um dos objetivos do PAs também é o de usar as tecnologias de informação e comunicação, como esta é a primeira vez deles, será preciso paciência. Qualquer avanço será uma conquista.

É impressionante a satisfação com que os alunos estão recebendo esta proposta de trabalho.


Assim deixo registrada como postagem semanal o início de minha experiência com PAs na prática de sala de aula. Com certeza continuarei registrando o andamento desta experiência. Aguardem...