Já fiz uma postagem sobre este tema tão importante, mas este é um assunto que será o tema de muitos livros ainda. Quem sabe eu mesma não escrevo o meu! Sou educadora há 16 anos e avaliar com o fim de promover ou classificar no final do ano é sempre uma tarefa muito difícil. Mas acredito que o professor deve levar em consideração a história de vida do aluno sim, antes de determinar se ele aprova ou reprova. Tenho muitos colegas que só pensam na função diagnóstica da avaliação do aluno, se ele sabe ou não tais conteúdos ou se apropriou ou não de certas habilidades, no entanto não pensam que tais habilidades ou conteúdos primeiramente não são os fins da educação, o aluno poderá vir a se apropriar deles nos anos a frente, pensando que um conhecimento cria conexões com outro. Por exemplo, um conteúdo pode não ter sido aprendido no ano, mas com outras propostas, outros interesses ele poderá ser aprendido no outro. Nossa capacidade mental não é estanque, nosso cérebro cria situações de superação até para problemas físicos, quanto mais para cognitivos! O que mais me entristece é que o professor que não pensa nisso, ao reprovar está rotulando o aluno de incapaz. Vamos pensar um pouquinho mais: a maioria dos alunos que reprovam vem de uma situação familiar difícil afetiva e economicamente, a criança não tem incentivo, não lê, não faz uso de brinquedos que estimulam o raciocínio, na maioria das vezes não compreende o porque de ser reprovado e aí aceita o rótulo de "não consigo", "sou fraco", "estudar pra quê, se eu não sei mesmo", enfim. Nossa escola, a cada ano tem criado, em média, uma turma 30 alunos de reprovados, rotulados, que estão empacando nos anos seguintes, uma vez que perdem o interesse e a credibilidade na educação.
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