Lendo o texto de Libâneo sobre currículo, didática e projeto político-pedagógico,ele fala das intenções que levem à prática e que sejam avaliadas. Na página 21 do PPP da escola em que trabalho, destaca-se que a avaliação deve servir entre outras, para mudar a metodologia administrada se a maioria dos alunos não alcançou o objetivo, assim sendo a avaliação não é só do aluno, as também do professor e tem um caráter processual e investigativo e deve contribuir para promover o acesso ao conhecimento. Um exemplo de como modifiquei a prática através das avaliações dos alunos é quanto a interpretação de texto. A turma não estava apresentando bons resultados nas atividades envolvendo interpretação, então percebi que precisava mudar as atividades e a maneira de desenvolvê-las em aula. Procurei diferentes tipos de textos que poderiam ser usados para realizarmos interpretações, como receitas, histórias em quadrinhos, imagens e textos explicativos. Elaborei questões para interpretação destes textos e trabalhamos estas questões em grande grupo, sentados em círculo, assim os alunos podiam confrontar suas respostas com as dos colegas e perceber que existem questões em que as respostas podem ser escritas de forma diferente, mas que significam a mesma coisa. Também, oralmente era proposto que justificassem porque responderam de tal forma e rever o que diz o texto, será que está de acordo com a pergunta, levando os alunos a refletirem sobre o texto e as questões propostas, sendo que não ficava uma tarefa mecânica, leitura, resposta e correção, mas uma atividade dinâmica, leitura, reflexão, resposta, exposição das respostas, confronto, reflexão novamente e então correção e conclusão. O resultado é que vinte e um dos vinte e cinco alunos conseguiram atingir o objetivo de ler e interpretar textos. Os outros quatro ainda não conseguiram, sendo que apresentam outras dificuldades de caráter neurológico e cognitivo.
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