segunda-feira, 11 de outubro de 2010

SEMESTRE 3

FAZER PERGUNTAS

Foram muitas as aprendizagens neste semestre, nas áreas da Matemática, das Ciências Naturais, Estudos Sociais e Tecnologias de Informação e Comunicação. No entanto vou destacar uma das aprendizagens mais significativas pra mim, como educadora, que é o saber perguntar e permitir ser questionado. Isso me remete ao vídeo de Rubem Alves, a partir do qual fiz a seguinte reflexão:
O vídeo “Saber e sabor” nos mostra Rubem Alves dizendo que o professor precisa “ensinar a pensar”, e isso se consegue se permitirmos aos alunos serem curiosos. Como conhecer suas curiosidades? Por incentivarmos que estes nos façam perguntas! Não as perguntas para as quais temos respostas prontas, fáceis, aquelas que esperamos, mas perguntas que nos levarão a pesquisar e a aprender a resposta juntamente com o aluno.
O “professor não deve ser apenas um respondedor a todas as perguntas dos seus alunos, mas ser um bom perguntador, que leve seus alunos a pesquisa, a buscar as respostas”. Que propicie um ambiente investigador em sala de aula, trazendo diferentes recursos visuais, concretos/palpáveis, de pesquisa (livros, revistas científicas, folhetos informativos, jornais), que saia da sala em busca de respostas no próprio
meio físico de seus alunos.
Para que os alunos busquem respostas é necessário exercitar a sua curiosidade, é preciso que tenhamos sede de compreender o universo físico, social, político e cultural, mas para aprender, é fundamental trabalhar com perguntas que ainda não sabem responder, senão, o que estariam aprendendo? Conforme a citação “ [...] No ensino esqueceram-se das perguntas, tanto o professor como o aluno, esqueceram-nas, e no meu entender todo conhecimento começa pela pergunta. Começa pelo que você, Paulo, chama de curiosidade. Mas curiosidade é uma pergunta!”. “[...] O que está acontecendo é um movimento unilinear, vai de cá pra lá e acabou, não há volta, e nem sequer há uma demanda; o educador, de modo geral, já traz a resposta sem lhe terem perguntado nada!” (Freire, Fundez, 1985), nos faz refletir, pois realmente já levamos aos alunos as respostas ou buscamos por respostas lógicas, no entanto a aprendizagem a partir das perguntas rompe o ciclo vicioso onde o que impera é a resposta, buscar-se-á resgatar a importância das perguntas e aprender a explorá-las, analisá-las, refiná-las, refazê-las, aprofundá-las na busca por respostas.

Esta reflexão contribuiu muito para compreender depois a aplicação de projetos de Aprendizagens como arquitetura pedagógica, em que se parte da curiosidade, da pergunta que leva a investigação.

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