domingo, 23 de dezembro de 2007

DIREITOS DO LEITOR

Você sabia que o leitor tem direitos?
Bem, eu fiquie sabendo disso lendo o Bloco 9 da interdisciplina de Literatura infanto-juvenil.
DIREITOS IMPRESCRITÍVEIS DO LEITOR Daniel Pennac
O direito de não ler.
O direito de pular páginas.
O direito de não terminar um livro.
O direito de reler.
O direito de ler qualquer coisa.
O direito ao bovarismo1 (doença textualmente transmissível).
O direito de ler em qualquer lugar.
O direito de ler uma frase aqui e outra ali.
O direito de ler em voz alta.
O direito de calar.

Mas o interessante é que eu já exercia estes direitos todos e permito aos meus alunos que exerçam também. Quando? Nos momentos de leitura diários. Como? Coloco vários e diversos livros a disposição deles; deixo que leiam onde querem, na posição que querem; alguns gostam de ler para um colega, deixo também; quando gostam do que estão lendo e querem compartilhar com os amigos, isto é permitido, pois incetiva o outro a ler também o que antes talvez não lhe chamava a atenção; alguns pegam livros, apenas folheiam as páginas e trocam por outro, até que achem um que gostem e então leêm, às vezes não leêm, é um direito; sou exemplo de leitor, pos nestes momentos estou lendo livros dos kits que são oferecidos a eles e quando gosto, compartilho o que li e as crianças querem ler o que a professora leu.
O MOMENTO DE LEITURA É ROTINA EM MINHA SALA DE AULA!

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

Lendo o texto de Libâneo sobre currículo, didática e projeto político-pedagógico,ele fala das intenções que levem à prática e que sejam avaliadas. Na página 21 do PPP da escola em que trabalho, destaca-se que a avaliação deve servir entre outras, para mudar a metodologia administrada se a maioria dos alunos não alcançou o objetivo, assim sendo a avaliação não é só do aluno, as também do professor e tem um caráter processual e investigativo e deve contribuir para promover o acesso ao conhecimento. Um exemplo de como modifiquei a prática através das avaliações dos alunos é quanto a interpretação de texto. A turma não estava apresentando bons resultados nas atividades envolvendo interpretação, então percebi que precisava mudar as atividades e a maneira de desenvolvê-las em aula. Procurei diferentes tipos de textos que poderiam ser usados para realizarmos interpretações, como receitas, histórias em quadrinhos, imagens e textos explicativos. Elaborei questões para interpretação destes textos e trabalhamos estas questões em grande grupo, sentados em círculo, assim os alunos podiam confrontar suas respostas com as dos colegas e perceber que existem questões em que as respostas podem ser escritas de forma diferente, mas que significam a mesma coisa. Também, oralmente era proposto que justificassem porque responderam de tal forma e rever o que diz o texto, será que está de acordo com a pergunta, levando os alunos a refletirem sobre o texto e as questões propostas, sendo que não ficava uma tarefa mecânica, leitura, resposta e correção, mas uma atividade dinâmica, leitura, reflexão, resposta, exposição das respostas, confronto, reflexão novamente e então correção e conclusão. O resultado é que vinte e um dos vinte e cinco alunos conseguiram atingir o objetivo de ler e interpretar textos. Os outros quatro ainda não conseguiram, sendo que apresentam outras dificuldades de caráter neurológico e cognitivo.

AULA DE TEATRO APLICADA

Depois do desabafo, de não ter gostado e então recebido apoio e incentivo, é importante escrever sobre os resultados da tal aula de teatro. Na foto ao lado, podem observar a atenção e o envolvimento dos alunos realizando uma das atividades propostas na aula de teatro, que dentre outras aprendizagens que proporciona às crianças, mexe com a afetividade, o toque humano, que está faltando tanto hoje em dia à essas crianças. Essa aula superou todas as minhas expectativas de como os alunos compreenderiam e participariam das atividades, foi incrível, como se fosse um momento lúdico, de imenso prazer em fazer, em estar ali criando e dramatizando.
Nesta concepção de teatro, há uma relação com o que aprendemos em Ludicidade. No texto Formas de abordagem dramática na educação, de Ana Carolina Müller Fuchs, onde ela aponta o jogo dramático como uma abordagem contemporânea do teatro na escola:
"...Mais voltado para a subjetividade, pressupõe as relações de cada indivíduo com seu imaginário e com sua expressividade. Está ligado ao faz-de-conta infantil. É uma prática lúdica individual ou em grupo que propõe a improvisação de um tema ou situação previamente escolhida. Não implica a participação de uma platéia. Não tem como objetivo a apresentação ou a representação de algo, mas sim a apropriação dos mecanismos fundamentais do teatro.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

SI-III INTEGRANDO OS CONHECIMENTOS

Aos poucos estou percebendo o significado e o valor do Seminário Integrador ao nos fazer "integrar" os conhecimentos que vamos adquirindo em cada interdisciplina estudada. Assim não recebemos informações que guardamos em arquivos separados, mas informações dinâmicas que nos levam a relacionar com outras e, a partir de um conjunto de conhecimentos em diferentes áreas conseguimos melhorar nossa prática pedagógica. Vou citar o exemplo de música: para desenvolver a aula envolvendo MPB para crianças, empreguei dicas de contação de história aprendidos em Literatura e a tecnologia do computador-power point- como recurso para contar a história. Para apenas um momento de aula, três interdisciplinas contribuíram, interligando-se e enriquecendo a didática empregada para proporcionar aprendizegem aos meus alunos e a mim mesma.

SALA DE AULA-ESPAÇO DE BRINCAR

No enfoque sobre o jogo nas séries iniciais, aprendi o quanto é importante que nós, professores proporcionemos espaços lúdicos em nossas salas de aula. O mais interessante é que este espaço não é de jogos pedagógicos e didáticos, que trabalhem conteúdos, como estávamos acostumadas a fazer. Mas permitir às crianças que brinquem por prazer. Nestes momentos elas estarão desenvolvendo habilidades motoras, cognitivas e afetivas que são necessárias para que se tornem adultos capazes de lidar com as situações de forma criativa e superando frustrações. Já relatei em outra ocasião que propiciei um momento lúdico e foi muito legal. Esta semana, a partir da aula presencial onde confeccionamos jogos e brinquedos, planejei outra aula lúdica em que troxeram materiais sucatas, inventaram jogos e brinquedos e principalmente, brincaram espontaneamente. O notável desta experiência é observar alunos com dificuldades e indisciplinados participando ativamente e com entusiasmo deste momento, sem que lhe seja chamado a atenção uma única vez. Por que? Por que está derivando prazer em brincar!

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

MPB PARA CRIANÇAS

Trabalhando com meus alunos a música de Assis Valente,Boas Festas, levei a eles um pouco de MPB. Contei a história de Assis Valente do livro de Simone Cit e tentamos marcar o tempo da música com palmas, pés e chocalhos, foi legal, mas tanto a professora quantos os alunos precisam treinar mais o ouvido e o ritmo. Mas valeu a tentativa!

Podem dar uma espiadinha e ver como ficou.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

ENCANTADA PARA SEMPRE

Não estranhem o título, mas eu sempre fui apaixonada pelos contos de fadas, paixão esta que se solidificou depois de adulto, ao ler e estudá-los para aplicá-los em minhas aulas. Hoje, lendo o texto "Encantos para sempre", leitura de apoio da interdisciplina de Literatura, passei a compreender ainda mais e de forma mais concistente, porque as leituras dos contos de fadas são tão marcantes durante séculos e são contados de geração à geração.
Um dos aspectos que tornam estes contos significativos para as crianças é a questão da esperança, de que seus problemas, assim como das personagens dos contos terão uma solução, um final feliz e elas passam a esperar pela felicidade, o que lhes dá forças para enfrentar as situações da vida. Outro ponto relevante é a questão da puberdade. Este me marcou mais, porque enfrentei sérias dificuldades neste período da minha vida, e agora entendo, que mesmo incoscientemente, estas histórias me deram forças para superar os meus obstáculos e a partir de agora, consigo relacionar os motivos. Claro, sangrar o dedo ao espetar na roda de fiar, esconder a beleza do pai (Pele de asno), a cor do capuz da Chapeuzinho ser vermelho, estes detalhes têm a ver com a puberdade feminina, a menstruação. Por isso marcam, mesmo sem enterdermos o que está envolvido.
E você que está lendo esta postagem, que tal ler um dos contos e ver a relação que ele tem com sua história de vida, talvez também fique encantada para sempre!

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

DIDÁTICA E INOVAÇÃO

No registro da primeira atividade da interdisciplina EPPC, escrevi o que entendia sobre didática, colo parte deste conceito aqui:
"A didática oferece os meios mais eficazes de desenvolver os objetivos e conteúdos estabelecidos no currículo. Através de estudos e pesquisas na área da educação, a didática oferece métodos, técnicas e materiais que ajudam o professor a realizar as atividades em sala de aula. Precisamos ter conhecimento de materiais didáticos apropriados para diferentes estudos que queremos fazer com os alunos. Durante o curso de Magistério, tínhamos aulas de didáticas, nestas aulas aprendemos a base para desenvolver as atividades em aula. Compreendemos como a criança aprende determinados assuntos e assim os meios que ajudarão nesta aprendizagem. Só que a didática do Magistério é só uma base, depois, no decorrer da prática precisamos estar constantemente procurando as didáticas mais eficazes para aplicarmos com nossos alunos."

No decorrer das leituras, lendo as postagens nos fóruns e depois, assistindo o filme Escola da Vida, percebi, inicialmente que meu conceito em relação a didática está correto, mas aprendi que o professor precisa ser criativo, disposto e conhecer muito bem seus alunos e como estes aprendem para inovar nas suas aulas, como acontecia no filme, com o professor D. O sucesso dele estava na inovação com que realizava suas aulas, surpreendendo os alunos. Na prática já pude sentir isso. Quando invento uma aula bem diferente, é muito gostoso ver a surpresa dos alunos e que a maioria ayinge os objetivos propostos, por envolverem-se com as atividades. Não posso deixar de citar novamente um trecho do texto de Dóris Bolzan em "Formação de Professores: Reflexões Sobre os Saberes e Fazeres na Escola", em que ela diz que o professor ao "refletir sobre sua ação pedagógica, ele estará atuando como um pesquisador da sua própria sala de aula, deixando de seguir cegamente as prescrições impostas pelo currículo escolar através do corpo diretivo (coordenação pedagógica e direção) ou pelos esquemas pré-estabelecidos nos livros didáticos, não dependendo de regras, técnicas, guia de estratégias e receitas decorrentes de uma teoria proposta/imposta de fora, tornando-se ele próprio um produtor de conhecimento profissional e pedagógico. "

terça-feira, 6 de novembro de 2007

REGISTRANDO APRENDIZAGENS- MÚSICA

O músico Lobão disse:- Eu, como artista típico desta época, posso afirmar, sem o menor risco, que vivemos um período muito mais opressor, em termos de liberdade de expressão, do que a ditadura militar com toda a sua violência. Porém, talvez, por isso mesmo com mais possibilidade de detectar a maldade. Temos agora a oportunidade de ouro para refletir sobre o papel da informação em todos os seus níveis. Da mídia, do controle, da internet e de, quem sabe, um drible?
Ao ler o texto "Por que você ouve tanta porcaria?" aprendi sobre a máfia que está por trás da produção e divulgação de cds. Realmente eu achava que as músicas mais tocadas eram as mais pedidas nas rádios. As vezes achava estranho que certos artistas com músicas sem conteúdo nenhum apareciam tanto na mídia, mas nunca pensei que corria o jába por trás, obrigando rádios e apresentadores a divulgar determinadas bandas e músicas, ou artistas. Por isso colei este trecho do texto, com as palavras do músico Lobão. De forma sutil estamos sendo oprimidos pelo capitalismo que só quer vender. Mas nosso tempo não é de opressão e, sim, de liberdade de escolha e de usar os meios de informação para revelar isso que está acontecendo e como sugeriu Lobão, driblar a mídia, exigindo músicas de qualidade. Podemos também expor nossos alunos a boas músicas e serem críticos do que estão ouvindo em cds e no rádio. Afinal, até escolher o que ouvir requer educação, conhecimento. Como disse Tinhorão, no mesmo texto "Letras com emoções e psicologias densas só vão ser entendidas por uma pessoa mais complexa." Gostamos de ouvir o que entendemos e conchemos. Se as pessoas conhecerem mais também vão apreciar outras coisas e sons, e letras e, músicas.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

APRENDIZAGEM DA SEMANA - 15 A 19

Esta semana fiz uma aprendizagem na área pessoal, relacionada com o PEAD. Pessoal, porque consegui superar um medo. Medo de que? De dizer "não gostei, não estou afim de fazer". E não só de dizer, mas também de escrever. Por que aprendizagem? Porque sempre pensei que deveria gostar de tudo e fazer tudo achando que era bom, mesmo que no fundo não havia gostado. No entanto, esta semana consegui me expressar dizendo e escrevendo no fórum que não havia gostado da aula de teatro, da proposta em si da aula e que não me sentia empolgada para realizar com meus alunos. Confesso que depois de falar, e escrever, fiquei com temor de que se refletisse negativamente. Mas houve o contrário, e o retorno gerou nova aprendizagem: a de que às vezes não gostamos da maneira que a proposta foi feita, foi dita e depois, expondo isso, ela pode ser expressa de outra forma, mais atraente para nós. Também, comentando com outros nossa opinião e ouvindo o que os outros acharam contribui para repensarmos o que estamos entendendo da proposta. Assim, pelo que as colegas Roseli, Marlise e Tácia conversaram comigo, das realizações das atividades com seus alunos, do retorno deles e como gostaram, e principalmente da postagem do professor Sérgio, compreendendo que eu tenho o direito de não ter gostado e posso ter o apoio dele e das tutoras para realizar as atividades e a tividade da aula para postar, fez com que encarasse toda a proposta com outros olhos e já estou refletindo em como vou realizá-la.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

APRENDIZAGENS DA SEMANA 08 À 15/OUT

As leituras sobre ludicidade me fizeram conhecer aspectos da brincadeira e do jogo que não conhecia. Sabia da importância destes para o desenvolvimento da criança, mas não compreendia a teoria envolvida nesta importância e que brincar não se limita apenas a criança, mas a todos nós, como a autora Neusa Maria Carlan Sá diz no seu texto: "... a criança satisfaz certas necessidades através do jogo, da brincadeira, mas o que quero salientar é que não podemos, ao contrário, restringir tal dimensão como especificidade limitada ao universo infantil. Assim como ao termos consciência que a criança possui outras intencionalidades além do brincar, trazemos o lúdico para um lugar de respeito à medida que desfazemos o equívoco de que a criança brinca porque não tem nada mais sério para fazer." Também que "o lúdico refere-se a uma dimensão humana que evoca os sentimentos de liberdade e espontaneidade de ação. Abrange atividades despretenciosas, descontraídas e desobrigadas de toda e qualquer espécie de intencionalidade ou vontade alheia. É livre de pressões e avaliações.
Compreendendo melhor estes aspectos resolvi testá-los em sala de aula, proporcionando um momento de brincadeira espontânea com os brinquedos que eles possuem.

O seguinte vídeo é uma evidência de que aprendi a olhar as crianças nos momentos de brincadeiras com outros olhos. Elas realmente estão aprendendo especialmente a socializar-se com os outros e cada criança, quando lhe permitido escolhe aquilo que mais lhe agrada, podemos ver isso no vídeo.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

APRENDIZAGEM DA SEMANA





A partir das leituras da interdisciplina de artes, aprendi mais sobre atividades envolvendo a arte. Antes já proporcionava releituras de grandes artistas aos meus alunos, mas agora aprendi sobre a Proposta Triangular fundamentada pela doutora Ana Mae Barbosa, introduzida no Brasil na década de 80, que define os componentes do ensino/aprendizagem por três ações mentalmente e sensorialmente básicas: criação (fazer artístico), leitura da obra de arte e contextualização. Aplicando estas três ações levamos os alunos interligar o fazer artístico, a história da arte e a análise da obra de arte de maneira que a criança, suas necessidades, seus interesses e seu desenvolvimento estariam sendo respeitados e, ao mesmo tempo, estaria sendo respeitada a matéria a ser apreendida, seus valores, sua estrutura e sua contribuição específica para a cultura. (Barbosa, 1998, p.35) . Quando fazia releitura, levava a cópia de uma obra que estivesse ligada a um conteúdo específico, conversava um pouco sobre ela e como tarefa os alunos deveriam copiá-la do seu jeito. Esta semana, pensando nesta proposta, escolhi a obra "A Cuca" de Tarsila do Amaral, visto que estamos trabalhando os animais. Pesquisei sobre a obra e sobre a pintora e em sala propuz aos alunos que observassem e opinassem sobre o que seriam os animais que aparecim na obra. Interessante que a maioria pensou a mesma coisa, pela aparência de cada animal. Depois conversamos sobre a pintora, onde ela nasceu e onde vivia e contei sobre a carta que ela escreveu a filha falando sobre a sua obra e o que eram os animais. Então levei os alunos a pensar se hoje ela pintaria os mesmos animais, lembrando do Brasil. E se ela pintasse sobre a nossa cidade, o que talvez ela retrataria e a partir desta suposições sugeri a releitura, com tinta têmpera e folha de desenho. Foi bastante significativo para os alunos e pra mim, como eles participaram e comentaram sobre o que viam. Tirei umas fotos, olhem!
Meu relato e as fotos são evidências de minha aprendizagem.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

APRENDIZAGENS DA SEMANA 22 À 29

Estou postando em atraso porque não prestei atenção de que nesta semana já deveria ter postado a respeito de aprendizagens no portfólio. Bem, nesta semana, ao assistir o filme, desenvolvi minha atenção e observação, para poder participar ativamente das discussões no fórum. Utilizei os recursos de pesquisa do google para saber mais a respeito dos termos evidência e argumentação, podendo assim me certificar de que havia entendido corretamente o significado das expressões. As evidências de que realmente estive atenta e fui observadora estão nas postagens que fiz no fórum, bem como a leitura do que as colegas escreveram e reescrevendo novamente.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Espero que agora tenha usado o endereço certo!