segunda-feira, 11 de outubro de 2010

SEMESTRE 6



Não era possível destacar uma das interdisciplinas apenas neste semestre, então fiz em forma de gráfico com o recurso do Smartart do Windows. Acredito que consegui sintetizar apresentando a essência de cada abordagem interdisciplinar.
POSTAGENS: LETRAMENTO EM QUESTÃO

SEMESTRE 5

PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS

Destaco como principal interdisciplina deste semestre esta intitulada Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, pois com a inclusão de alunos portadores de necessidades especiais nas escolas de ensino regular, mais do que nunca o professor precisa estar preparado para proporcionar a esses alunos uma educação que desenvolva suas potencialidades, lembrando que inclusão não é só ter o aluno com deficiência física ou mental em sala de aula, mas ter uma sala de aula que lhe permita estar incluído como aluno capaz de aprender dentro das suas limitações. Uma das aprendizagens muito significativas foi sobre a plasticidade neural, no texto "CONHECENDO O ALUNO COM DEFICIÊNCIA FÍSICA ". Com este texto aprendi que trata-se da capacidade ou habilidade do sistema nervoso de tomar a forma ou alterar a forma e funcionamento a partir da demanda ou exigência do meio. Junto com este conhecimento é importante sabermos, como educadores, que a escola funciona como uma provedora de estímulos. Segundo o texto, "o ambiente escolar promove desafios de aprendizagem...O estudo da plasticidade neural vem nos demonstrar que o ser humano é ilimitado e que, apesar das condições genéticas ou neurológicas, o ambiente tem forte intervenção nesses fatores. Quanto mais o meio promove situações desafiadoras ao indivíduo, mais ele vai responder a esses desafios e desenvolver habilidades perdidas ou que nunca foram desenvolvidas. Uma criança com atraso no desenvolvimento motor, ou com uma paralisia cerebral, quando incluída em ambiente escolar inclusivo, tem inúmeras razões para se sentir provocada a desenvolver habilidades que não desenvolveria em um ambiente segregado."

Hoje tenho uma aluna portadora de necessidade educacional especial devido a deficiência motora. Para ela adaptamos um notbook que facilita a escrita, ela usa uma órtese na perna e na mão direita para evitar a atrofiação e recebe atendimento na sala multifuncional. Procuro valorizar sua potencialidade e a incentivo muito, pois ela precisa saber que tem capacidade e que não é uma "coitadinha" como muitos acabam pensando. Aos poucos ela tem progredido e fico feliz por ter recebido informações sobre este tipo de aluno em minha graduação, consigo ter um olhar diferenciado e percebo que existem colegas da área que não conseguem e, portanto, não aceitam a inclusão.

SEMESTRE 4

PROJETO DE APRENDIZAGEM

Neste semestre passamos a por em prática a arquitetura pedagógica de Projeto de Aprendizagem. Foram muitas as aprendizagens, tanto que estou escrevendo meu trabalho de conclusão sobre este tema, junto com tecnologias de comunicação e informação. Mas foi lá em 2008/2 que esta proposta didática passou a se configurar pra mim como recurso pedagógico aplicável e eficaz. Na época fiz uma postagem em que comentei o seguinte:

"Agora quero me aprofundar nos aspectos que envolvem o desenvolvimento de projetos de aprendizagem e me habilitar a utilizar estes como recurso pedagógico em minhas aulas e me tornar, como diz Paulo Freire, uma educadora com a consciência crítica do educando cuja "promoção" da ingenuidade não se faz automaticamente. (Pedagogia da Autonomia)"


No entanto, mesmo depois de desenvolver um PA a partir de um assunto que me interessava, ainda havia a incerteza, conforme tinha registrado em meu blog:

"Com certeza, adaptar este tipo de trabalho aos meus alunos seria muito mais interessante para a aprendizagem deles. Mas confesso que, mesmo considerando este método eficiente para proporcionar aprendizagens, ainda não sei como seria coordenar o trabalho em sala de aula com diversos temas sendo pesquisados. Precisamos, nós professores, de orientação e apoio da equipe diretiva da escola para desenvolver PAs com nossos alunos, isso requer também mudanças no nosso currículo."

Hoje já posso dizer que é possível sim aplicar PA com alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, pois apliquei e deu certo, claro que houveram adaptações e obstáculos, principalmente na questão da tecnologia, mas consegui inovar em sala de aula e me surpreendi com a capacidade das crianças em aprender a partir de suas curiosidades.

SEMESTRE 3

FAZER PERGUNTAS

Foram muitas as aprendizagens neste semestre, nas áreas da Matemática, das Ciências Naturais, Estudos Sociais e Tecnologias de Informação e Comunicação. No entanto vou destacar uma das aprendizagens mais significativas pra mim, como educadora, que é o saber perguntar e permitir ser questionado. Isso me remete ao vídeo de Rubem Alves, a partir do qual fiz a seguinte reflexão:
O vídeo “Saber e sabor” nos mostra Rubem Alves dizendo que o professor precisa “ensinar a pensar”, e isso se consegue se permitirmos aos alunos serem curiosos. Como conhecer suas curiosidades? Por incentivarmos que estes nos façam perguntas! Não as perguntas para as quais temos respostas prontas, fáceis, aquelas que esperamos, mas perguntas que nos levarão a pesquisar e a aprender a resposta juntamente com o aluno.
O “professor não deve ser apenas um respondedor a todas as perguntas dos seus alunos, mas ser um bom perguntador, que leve seus alunos a pesquisa, a buscar as respostas”. Que propicie um ambiente investigador em sala de aula, trazendo diferentes recursos visuais, concretos/palpáveis, de pesquisa (livros, revistas científicas, folhetos informativos, jornais), que saia da sala em busca de respostas no próprio
meio físico de seus alunos.
Para que os alunos busquem respostas é necessário exercitar a sua curiosidade, é preciso que tenhamos sede de compreender o universo físico, social, político e cultural, mas para aprender, é fundamental trabalhar com perguntas que ainda não sabem responder, senão, o que estariam aprendendo? Conforme a citação “ [...] No ensino esqueceram-se das perguntas, tanto o professor como o aluno, esqueceram-nas, e no meu entender todo conhecimento começa pela pergunta. Começa pelo que você, Paulo, chama de curiosidade. Mas curiosidade é uma pergunta!”. “[...] O que está acontecendo é um movimento unilinear, vai de cá pra lá e acabou, não há volta, e nem sequer há uma demanda; o educador, de modo geral, já traz a resposta sem lhe terem perguntado nada!” (Freire, Fundez, 1985), nos faz refletir, pois realmente já levamos aos alunos as respostas ou buscamos por respostas lógicas, no entanto a aprendizagem a partir das perguntas rompe o ciclo vicioso onde o que impera é a resposta, buscar-se-á resgatar a importância das perguntas e aprender a explorá-las, analisá-las, refiná-las, refazê-las, aprofundá-las na busca por respostas.

Esta reflexão contribuiu muito para compreender depois a aplicação de projetos de Aprendizagens como arquitetura pedagógica, em que se parte da curiosidade, da pergunta que leva a investigação.

domingo, 10 de outubro de 2010

SEMESTRE 2


RELACIONANDO CONCEITOS


Num retorno às interdisciplinas desenvolvidas no semestre 2, encontrei conceitos que se relacionam em cada uma das interdisciplinas e, claro, levam a uma educação de qualidade, visando sempre o aluno e seus aspectos cognitivos, afetivos e sociais.

1- O texto de Henri Giroux, aponta este aspecto significativo da instituição escolar com um projeto pedagógico elaborado para a formação sócio-politítica dos sujeitos: "Tornar o político mais pedagógico significa utilizar formas de pedagogia que incorporem interesses políticos que tenham natureza emancipadora; isto é, utilizar formas de pedagogia que tratem os estudantes como agentes críticos; tornar o conhecimento problemático; utilizar o diálogo crítico e afirmativo; e argumentar em prol de um mundo qualitativamente melhor para todas as pessoas. ...indivíduos e grupos em seus diversos ambientes culturais, raciais, históricos e de classe e gênero, juntamente com a particularidade de seus diversos problemas, esperanças e sonhos."

2 - Diana Goulart, em seu texto " Dalcroze, Orff, Suzuki e Kodály - Semelhanças, diferenças, especificidades" aponta que a música na escola deve ser usada como um dos recursos a ser incluído nos projetos políticos pedagógicos das escolas pois: "Um ponto fundamental é o reconhecimento da criança enquanto ser “visível”, dotado de características próprias, e não um projeto de adulto, ou um adulto incompleto. A psicanálise estuda os acontecimentos da infância e os aponta como origem de possíveis neuroses futuras; passa-se a levar em conta, na pedagogia, as etapas de desenvolvimento cognitivo, procurando-se estimular cada fase apropriadamente; compreende-se cada vez mais a importância do afeto, da motivação, da brincadeira na educação infantil e na construção de um universo adulto mais rico e saudável."
3- Qual a função pedagógica do teatro na escola? Segundo Cleusa Joceléia Machado,professora de Artes Cênicas da UFRJ, " Quando a atividade na aula de Teatro oferece a oportunidade de alguém compor algo para os seus pares, outorga-lhe também um papel de falar de e sobre aquele grupo. Desta forma, aquilo que o estudante acentua de comicidade, os temas que escolhe dar relevância, como elabora a composição gestual dos personagens, entre outras ações, manifestam sua opinião sobre o seu meio e sobre as pessoas que lá estão inseridas. De alguma maneira, o seu modo de vida e o do seu grupo se expressam nas mínimas escolhas das formas com que elabora sua expressão artística." Novamente percebemos a função formadora de sujeitos sociais, de convivência em grupo o que prepara para a vida em comunidade e sociedade. A escola é uma instituição social.

4- Nesta citação extraída do site da interdisciplina de Ludiciade e educação, novamente aparece a função da escola como formadora de sujeitos para a vida em sociedade: "O aluno precisa repetir, fazer sucessivas vezes para assimilar, entender os desafios do jogo para poder, também, compreender os desafios que lhe serão certamente impostos pela vida. "

5- Arte e educação apresenta uma proposta de trabalho com o ensino de artes, a partir de projetos de aprendizagem, fundamentado pelo autor Fernando Hernándes, denominado de "Projetos de Trabalho" que tem por princípio, formar indivíduos com uma visão mais global da realidade, vincular a aprendizagem a situações e problemas reais, trabalhar a partir da pluralidade e da diversidade, preparar para que aprendam durante toda a vida, etc.

6- Esta interdisciplina aponta a literatura rica em livros infanto juvenis que servem de instrumento pedagógico fértil para ser adaptado aos mais diferentes tipos de projetos, assuntos, conteúdos e saberes que se pretende desenvolver com os alunos, basta uma busca minunciosa do professor entre as prateleiras das bibliotecas escolares e públicas e uma boa preparação para contar histórias de forma a estimular a imaginação infantil e abrir horizontes além da realidade vivenciada pelas crianças.

sábado, 9 de outubro de 2010

SEMESTRE 1- 1ª POSTAGEM

ARISTÓTELES


Passeando pelo site da interdisciplina Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica, lendo o texto on line sobre a Maquinaria Escolar, encontrei o link que direcionava para Aristóteles, um dos grandes filósofos que contribuiu muito na formação histórica do que hoje é a educação. Podemos ver claramente, que apesar de tanto tempo atrás, Aristóteles já tinha um método de ensino bastante atual, conforme podemos ver neste trecho que sintetiza sua forma de conduzir a aprendizagem de seus discípulos:

Rigor no método - Depois de estudar as leis do pensamento, o processo dedutivo e indutivo aplica-os, com rara habilidade, em todas as suas obras, substituindo à linguagem imaginosa e figurada de Platão, em estilo lapidar e conciso e criando uma terminologia filosófica de precisão admirável. Pode considerar-se como o autor da metodologia e tecnologia científicas. Geralmente, no estudo de uma questão, Aristóteles procede por partes:
a) começa a definir-lhe o objeto;
b)passa a enumerar-lhes as soluções históricas;
c)propõe depois as dúvidas;
d) indica, em seguida, a própria solução;
e) refuta, por último, as sentenças contrárias.

Ao me deparar com os procedimentos com que Aristóteles dirigia os estudos fiz uma relação com a arquitetura pedagógica de Estudo de Caso, em que o professor propõe uma situação problema ou parte de uma situação apresentada pelo aluno e para ajudar na tarefa, como mostra o texto "Arquiteturas Pedagógicas para educação à distância"o professor apresenta, justa põe e contrapõe respostas e alternativas encontradas por especialistas, ou colegas, para problemas semelhantes, ou seja, enumera soluções históricas. Ao propor dúvidas ou refutar sentenças, o professor estará promovendo o feedback entre os alunos e suas descobertas.