quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

FALANDO EM AVALIAÇÃO

Já fiz uma postagem sobre este tema tão importante, mas este é um assunto que será o tema de muitos livros ainda. Quem sabe eu mesma não escrevo o meu! Sou educadora há 16 anos e avaliar com o fim de promover ou classificar no final do ano é sempre uma tarefa muito difícil. Mas acredito que o professor deve levar em consideração a história de vida do aluno sim, antes de determinar se ele aprova ou reprova. Tenho muitos colegas que só pensam na função diagnóstica da avaliação do aluno, se ele sabe ou não tais conteúdos ou se apropriou ou não de certas habilidades, no entanto não pensam que tais habilidades ou conteúdos primeiramente não são os fins da educação, o aluno poderá vir a se apropriar deles nos anos a frente, pensando que um conhecimento cria conexões com outro. Por exemplo, um conteúdo pode não ter sido aprendido no ano, mas com outras propostas, outros interesses ele poderá ser aprendido no outro. Nossa capacidade mental não é estanque, nosso cérebro cria situações de superação até para problemas físicos, quanto mais para cognitivos! O que mais me entristece é que o professor que não pensa nisso, ao reprovar está rotulando o aluno de incapaz. Vamos pensar um pouquinho mais: a maioria dos alunos que reprovam vem de uma situação familiar difícil afetiva e economicamente, a criança não tem incentivo, não lê, não faz uso de brinquedos que estimulam o raciocínio, na maioria das vezes não compreende o porque de ser reprovado e aí aceita o rótulo de "não consigo", "sou fraco", "estudar pra quê, se eu não sei mesmo", enfim. Nossa escola, a cada ano tem criado, em média, uma turma 30 alunos de reprovados, rotulados, que estão empacando nos anos seguintes, uma vez que perdem o interesse e a credibilidade na educação.

Pensando em estágio

Estou bastante ansiosa para o estágio com a proposta de projetos de aprendizagens. Estamos elaborando as arquiteturas pedagógicas que servirão de base para nosso estágio. É interessante pensar em propostas de projetos para crianças que ainda não sabemos como reagirão a esta proposta de aprendizagem. Fico me perguntando:
será que gostarão de trabalhar desta forma?
gostarão de ouvir as aprendizagens dos colegas?
vou conseguir fazer as intervenções necessárias e no momento certo?
como a escola e os colegas vão encarar este trabalho?
São muitas as perguntas para as quais ainda não tenho as respostas e acredito que estas só virão no decorrer do estágio ou no final dele, quando realizar as reflexões. No momento só tenho uma certeza, sendo esta a aprendizagem que quero deixar registrada aqui, de que
a educação precisa mudar para atender as demandas de novas perspectivas e interesses dos alunos.
É um desafio? Claro! Como qualquer mudança, em especial envolvendo sujeitos pensantes, com uma história de vida e curiosidades mil. Como argumentos a favor desta proposta que já defendi anteriormente é que ela proporciona habilidades básicas aos educandos de autonomia, autoria, convivência e cooperação, crítica e análise.
No decorrer do estágio respondo as minhas perguntas angustiantes!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

AVALIAÇÃO-UM DESAFIO

O último enfoque de Didática, Planejamento e Avaliação tinha por título "O que é avaliar?", um tema sempre presente quando se trata de formação pedagógica, porque o professor precisa ter claramente definido os parâmetros e critérios que servem de base para avaliar cada um de seus alunos, seres individuais, como citado no fragmento do texto de Lucinete Ferreira, "O contexto da prática avaliativa no cotidiano escolar": um ser humano histórico. Portanto, a avaliação não deve ter um caráter meramente classificatório, como se os sujeitos avaliados fossem simples objetos. Também não podemos mais aceitar a avaliação reducionista, conforme registrei no texto elaborado para a primeira atividade deste enfoque, aquela que

"ocorre em períodos bem distintos e determinados do ano, deixando de fazer parte de um processo contínuo;

detem-se no aspecto cognitivo da aprendizagem, privilegiando a memorização em detrimento dos outros aspectos da inteligência;

valoriza a utilização do instrumento prova ou exame, o que empobrece o processo avaliativo;

quando considera apenas o resultado da avaliação prestada nas provas e exames como sendo o resultado do desempenho do aluno, o fim do processo educativo dele."

Para que se efetive como uma prática coerente com o momento histórico de transformação da educação que vivemos, a avaliação deve ter uma concepção democrática. Citando Luckesi, a autora acima mencionada destaca que a escola com esta concepção constitui-se "uma organização que permite ao aluno caminhar dentro de seu estágio e sem retrocessos, construindo seu conhecimento dentro de suas características pessoais e a avaliação tendo a função fundamental de informar e dar consciência ao professor de como os alunos estão caminhando nesse processo, para poder reorientá-lo e tomar as decisões mais cabíveis."

refletindo sobre estas leituras e realizando as atividades fiquei feliz com a forma com que venho avaliando meus alunos, lançando sempre um olhar no todo, cognitivo, afetivo, emocional, psicológico, valorizando cada crescimento apresentado, concluindo cada ano letivo com a consciência tranquila!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

REFLEXÕES SOBRE O PLANEJAMENTO

A atividade proposta no enfoque 8, "Reflexões sobre o planejamento", propôs questões que nos levassem a analisar o plano de aula que elaboramos para a interdisciplina de Linguagem e Educação. Esta análise nos levou a refletir sobre alguns aportes teóricos de Maria Montessori e Célestin Freinet, relacionando-os com os estudos dos temas geradores teorizados por Freire. A partir destes estudos posso afirmar que mais do que nunca o papel do professor precisa ser revisto e reestruturado, buscando atingir efetivamente os objetivos primordiais da escola contemporânea que é formar sujeitos capazes de ir em busca do conhecimento disponível em toda a parte e, empregar o conhecimento para a melhoria de sua vida e da sociedade. Portanto, planejar seu trabalho o professor deve considerar se o tema escolhido é, entre outros aspectos:
  • importante e relevante para o aluno
  • desperta e satisfaz sua curiosidade
  • parte do diálogo com ele e o motiva
  • contribui para a sua vida
  • é acessível, pertence ao seu cotidiano
  • desencadeia outras possibilidades de projetos de estudo
Ao pensarmos nosso trabalho pedagógico temos que ter um pouco de Montessori, que preocupou-se em elaborar materiais concretos e recursos didáticos que permitissem a construção do conhecimento do aluno. Também um pouco de Freinet, que teorizou a educação interdisciplinar, utilizando recursos da realidade do aluno, como o seu próprio ambiente, saída de campo, registro dos conhecimentos através do jornalzinho da turma e os "cantinhos do saber" na sala, onde o aluno poderá aprender e socializar suas aprendizagens.

PÔSTER EJA


Este é o pôster que eu e meu grupo construímos a partir das leituras e entrevistas realizadas com alunos de EJA, do município de Sapiranga. Este trabalho proporcionou o conhecimento a cerca da realidade destes alunos, suas características, cuja diversidade histórica, cultural, social e cognitiva são tão diversas que fazem com que formem um grupo homogênio, no entanto, que requer um trabalho que permita atender a cada um, com sua individualidade, porém confrontando as diferenças para a promoção da cidadania, visando as relações de solidariedade e respeito ao próximo, valores que podem ajudá-los a transformar o mundo, como almejava Freire ao propor a alfabetização de adultos há décadas atrás.
Durante a apresentação dos pôsters, na aula presencial, foi possível comparar e perceber que, de acordo com a escola, sua localização e clientela, os resultados das pesquisas e entrevistas se equiparavam ou se opunham, por exemplo, nas escolas onde predominavam os jovens, a maioria estuda apenas com o objetivo de concluir o Ensino Fundamental ou Médio, já os adultos buscam a formação perdida na infância ou adolescência. Outra característica semelhante entre estes dois grupos (jovens e adultos), são os motivos que os levam a frequentar a EJA: os jovens, na maioria por repetência e evasão no ensino regular, os adultos por terem que parar de estudar quando crianças para trabalhar e ajudar a família.
As aprendizagens apresentadas tem base teórica refenciadas no pôster.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Freinet e Montessori

Já havia escutado sobre estes pedagogos que deixaram suas marcas na história da educação, até li sobre suas teorias ao estudar para os concursos que prestei, mas é interessante como o ler com reflexão nos faz rever os conceitos e compreender o que realmente está envolvido em determinadas teorias. Essa reflexão me foi proposta na interdisciplina de Didática, planejamento e Avaliação. Em textos breves, porém muito objetivos e ilustrados consegui relacionar a teoria de Freinet e Montessori com a minha prática.
Freinet propôs uma pedagogia progressista em escolas populares, de poucos meios, como a maioria de nossas escolas, compostas de crianças carentes com poucos recursos materiais. Quantas vezes temos que ser criativas e elaborar materiais de contagem, jogos, e outros, com sucatas. Já Montessori contribuiu com a proposta do educar partindo do concreto para o abstrato e inventou ricos materiais como o Material Dourado e a adaptação dos materiais ao tamanho das crianças. Utilizo muito o Material Dourado em sala de aula para introduzir e explicar a adição com transporte e subtração com retorno, também adaptei este material em peças de papel para que cada aluno possa ter o seu e manusear ao realizar as operações matemáticas.
Cabe bem a frase popular: "Vivendo e aprendendo, ou reaprendendo".

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

LIBRAS- A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA DE SINAIS

Lendo sobre a educação de surdos considerei algumas aprendizagens importantes para postar, como os quatro modelos educacionais empregados no decorrer da história da educação de surdos, entre eles o ORALISMO, COMUNICAÇÃO TOTAL, BILINGUISMO, PEDAGOGIA SURDA e INCLUSÃO.
Hoje sabe-se que o surdo precisa da linguagem de sinais para a sua comunicação, identidade e cultura, portanto a inclusão neste caso só é válida se o professor puder comunicar-se com o aluno surdo através da LIBRAS, no entanto para um melhor desenvolvimento cognitivo do aluno surdo o ideal é ter aula com um professor surdo para que a relação professorxaluno seja mais efetiva e significativa.
Assim, respondendo a pergunta feita pela tutora Simone no comentário feito na outra postagem que fiz sobre LIBRAS, vislumbro como dificuldade receber alunos surdos na sala de aula comum eu não tendo como me comunicar através da LIBRAS. Esta interdisciplina está proporcionando um conhecimento geral do que constitui a linguagem de sinais e, principalmente da concepção da pessoa surda e de como ela percebe o mundo. Isto é muito mais complexo do que apenas aprender e ensinar um outro idioma. Acredito que é possível, mas o professor deve buscar formação em LIBRAS.

ENTREVISTAS COM ALUNOS DA EJA

Para a interdisciplina de Educação de Jovens e Adultos eu e minhas colegas escolhemos realizar a proposta de trabalho que incluía entrevistar alunos da EJA e a partir destas elaborar um pôster com os dados obtidos. Esta entrevista nos ajudou a conhecer essa classe de alunos
nos seguintes aspectos:
SÓCIO-DEMOGRÁFICO
Que considerou a formação social dos alunos como a naturalidade, situação econômica e familiar.
SÓCIO-CULTURAL
Que buscou dados sobre o interesse cultural e aproveitamento do tempo fora do trabalho e da escola e espectativas para o futuro.
SÓCIO-COGNITIVA
Direcionou as informações para a concepção que os alunos de EJA tem da educação, da escola e do educador.
As respostas à entrevista corresponderam aos estudos que já estávamos realizando sobre as políticas públicas, história da EJA e as concepções epistemológicas direcionadas à educação de alunos jovens ou adultos.


PAULO FREIRE

Quando iniciei no Magistério há 20 anos atrás já ouvia falar em Paulo Freire, muito vagamente me lembro. No decorrer da minha prática e qualificação comecei a perceber que a maioria dos aportes teóricos apresentados em seminários e cursos de capacitação baseavam-se nos estudos e teorias desenvolvidas por Paulo Freire, que empenhou-se durante a sua vida em mostrar que a educação deveria ter por objetivo a formação de sujeitos capazes de mudar e transformar o mundo com autonomia e consciência das consequências de suas ações. Agora, como estudante do PEAD, em muitas interdisciplinas suas teorias foram citadas e serviram de referência para a construção de nossos conhecimentos e aprimoramento da nossa prática pedagógica. Recentemente em Didática, Planejamento e Ação consideramos planejar a atividade docente a partir de temas geradores de interesse dos alunos. Assim registrei em uma das minhas postagens que o professor pode planejar a partir "do diálogo com os educandos, ouvindo suas angustias, curiosidades, interesses e problemas, elaborando com estes elementos os conteúdos, estratégias e materiais didáticos a serem utilizados no desenvolvimento das aulas, terminando com a reflexão e avaliação dos alunos a cerca do que aprenderam de verdadeiro e significativo para eles."

NARRATIVA DA CRIANÇA

Na interdisciplina de Linguagem e Educação realizei uma experiência simples, mas significativa: gravar uma criança narrando uma história. Simples porque as crianças gostam de contar histórias e hoje com câmeras digitais fica fácil gravar pequenos vídeos. Por que significativa? Bem, ouvir a narrativa e pensar em como a criança vem desenvolvendo a oralidade fez da experiência algo interessante, uma boa aprendizagem, levando em consideração que eu não sabia da relação entre o faz de conta do pensamento infantil e a maneira de apreender o mundo e elaborar os sentimentos, uma característica marcante da criança antes dos 6 ou 7 anos. Também aprendi que a criança pequena não tem a intenção de mentir, mas que ela fantasia suas narrativas reais, incluindo relatos de histórias ouvidas ou vista em desenhos e filmes, apresentando um sincretismo, associando à realidade elementos imagéticos segundo critérios pessoais motivados pela afetividade, observação e imaginação.

http://patilopes.pbworks.com/video-linguagem


segunda-feira, 28 de setembro de 2009

LIBRAS-LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

A aula presencial de LIBRAS foi muito interessante, que professora maravilhosa! Não há nada mais significativo que ver e aprender a partir da prática, no caso, da prática da professora em falar conosco através da linguagem de sinais.
Foram muitas aprendizagens neste dia em relação a linguagem de sinais e aos surdos. Primeiro que trata-se de uma linguagem própria, com características específicas de acordo com a região e mesmo entre grupos de surdos, visto que eles criam sinais para expressarem o que é significativo para eles. Outro aspecto é que eles compreendem o mundo de forma diferente de nós, ouvintes. Também que precisam de equipamentos que auxiliem na comunicação com outros, hoje a internet e o celular(mensagens), facilitam muito. Importante entender que não basta conhecermos o alfabeto em sinais, porque na linguagem não é possível soletrar tudo, para isso existem sinais específicos para várias expressões, que incluem gestos e expressões faciais.
Podemos dizer que os surdos falam com o corpo!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

LETRAMENTO EM QUESTÃO

Importante esta abordagem da linguagem através dos modelos de letramento, apesar de ser este um termo ainda em estudos pela sua complexidade e variedade de estudos que nele se enquadram.
Embora já tivesse um conhecimento superficial sobre letramento como um conceito que vem abranger algo mais do que a alfabetização - aquisição do código de leitura e escrita - para a valorização dos conhecimentos adquiridos fora da escola e que permeiam o espaço social dos alunos.
Na leitura do texto "MODELOS DE LETRAMENTO E AS PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO NA ESCOLA", compreendi melhor que letramento abrange muito mais do que a prática de leitura e escrita, devendo levar em conta os agentes de letramento social como a família, a igreja, a rua, o local de trabalho das pessoas. Outro aspecto significativo que o texto apontou foi a abordagem das leitura a partir da oralidade dos alunos, como interlocutores se aproximariam mais do reconhecimento dos diferentes gêneros literários.
Por isso registrei num trabalho de Linguagem que " se faz necessária na aquisição da leitura e da escrita uma prática que possibilita uma leitura crítica da realidade, que se constitua como um instrumento de resgate da cidadania e reforce o engajamento do cidadão nos movimentos sociais em busca de melhoria da qualidade de vida e transformação social."Em minha prática como educadora me esforço em valorizar a cultura dos meus alunos, bem como os conhecimentos deles ao elaborarmos textos coletivos, trazerem informações da família sobre os assuntos em estudo e permitindo a participação deles nas aulas. Mas sei que ainda preciso me desvincular mais do modelo de letramento dominante, com o qual fui letratada e consequentemente repasso aos alunos, principalmente ao me preocupar muito com os conteúdos determinados para a série/ano, mas aos poucos vou revendo e modificando minha prática, a medida que estou tendo mais suporte teórico para me apoiar nas mudanças.

COMÊNIO E SUA CARTA MAGNA

No estudo introdutório da interdisciplina de DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO, nos reportamos à história da didática que vem desde o século XVII, com os estudos de Comênio buscando uma pedagogia que valorizasse a capacidade de compreensão do aluno, se preocupasse com a motivação destes para aprenderem e não sobrecarregassem os estudantes, propondo diferentes tipos de atividades. Os desejos de uma mudança nos sistemas educacionais ficaram evidentes em sua Carta Magna. Eu fiquei muito surpresa com estes ideais de educação em tempos em que a religião submetia o povo aos seus ensinos. No entanto também me questionei por que ainda hoje, em tempos de democracia, o papel do professor, que deveria ser todo voltado ao potencial do aluno, as suas capacidades e limites, trazendo para a sala de aula a realidade deste aluno, transformando a cultura e vivência de cada um em material de apoio didático e pedagógico, ainda tem traços de submissão e incompreensão.

domingo, 20 de setembro de 2009

SEMINÁRIO INTEGRADOR - PA

De acordo com comentários de alguns colegas, é provável que esta minha postagem gere críticas, mas eu não posso deixar de apresentar de forma positiva a minha aprendizagem em relação aos Projetos de Aprendizagens e serem estes uma nova proposta de metodologia da pedagogia moderna.
Antes de apontar os motivos de ver as vantagens de se trabalhar com PAs com os alunos, preciso dizer que estou bem ciente de que será um desafio, que teremos de enfrentar:
a resistência de alguns colegas que não estão dispostos a mudar;
a imposição da coordenação em se aplicar os conteúdos especificados no currículo;
e também os pais que acreditam que caderno cheio é sinônimo de boa educação.
No entanto, a proposta de aprendizagem a partir de projetos elaborados em cima da curiosidade dos alunos, de questões levantadas por eles é inovadora, tem base teórica e é significativa para a aquisição do conhecimento autônomo.
INOVADORA-porque esta nova metodologia de ensino se faz possível com as tecnologias de comunicação digitais e virtuais, que permitem o acesso a todo tipo de informação e imagem, de qualquer parte do mundo (globalização).
APOIO TEÓRICO-o trabalho com PAs tem suportes na Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire em encontro com Jean Piaget, formando a proposta de educação de Pedagogia da Incerteza, sendo que a aprendizagem em rede não pode partir de ações que traduzam ideias em práticas, mas necessita de expressão em práticas pedagógicas.
SIGNIFICATIVA-porque educa para a busca de solução de problemas reais, transforma informações em conhecimento, educa para a autoria, a expressão, a interlocução, investigação, autonomia e a cooperação.
As evidências de que é preciso mudanças na educação estão nas grandes dificuldades que eu e meus colegas professores estão enfrentando nas salas de aulas, com alunos desmotivados, inquietos, desatentos, com baixos rendimentos na aquisição das habilidades básicas de leitura e escrita e quatro operações, portanto cheios de criatividade, energia, disposição e principalmente curiosidade em conhecer o mundo que os cerca, muito além da escola.


domingo, 13 de setembro de 2009

EJA- FUNÇÃO REPARADORA

Nas primeiras leituras sobre EJA fiz uma aprendizagem bastante significativa a respeito da função reparadora da EJA, tendo em vista que jamais havia pensado neste aspecto da necessidade de se oferecer esta modalidade de ensino nas escolas públicas. Conforme o Parecer CEB 11/2000, o Brasil por muitos anos negligenciou a educação aos índios, negros, caboclos migrantes e trabalhadores braçais, entre outros, assim estes foram privados da plena cidadania e os seus descendentes destes grupos ainda hoje sofrem as consequencias desta realidade histórica, conforme as estatísticas mostram. A EJA vem fazer a reparação desta realidade, reconhecendo o advento do princípio de igualdade.
Até então eu pensava a EJA apenas como uma oportunidade de escolarização aos que não tiveram acesso na idade própria por motivos de falta de interesse, pais que não apoiavam, provenientes das zonas rurais, enfim, mas agora compreendo a amplitude desta modalidade em suas funções reparadora, equalizadora e permanente.


domingo, 5 de julho de 2009

PROJETO DE APRENDIZAGEM - DISLEXIA

Para o novo projeto de aprendizagem que vou desenvolver junto com as colegas Silvana, Giovana e Maria de Lourdes foi escolhido o tema DISLEXIA, tendo como questão de investigação: Como podemos ensinar crianças disléxicas?
Quero destacar nesta postagem a aprendizagem que estava assimilada e passou por um processo de adaptação e acomodação, pois no semestre passado haviamos desenvolvido um projeto de aprendizagem, a medida que este se realizava aprendíamos os passos de um projeto, assimilávamos as características de como aprender através de um PA. Agora, estas assimilações se modificaram, ao termos que revê-las para aplicarmos no novo projeto, sendo que este já deveria apresentar as características pré-estabelecidas no anterior sobre dúvidas e certezas, mapa conceitual, plano de ação, visual da página, interrelação entre os componentes do grupo. Resumindo, a primeira parte do PA esta elaborada, recebeu algumas orientações da nossa tutora Liliana, mas já evidenciava que aprendemos a estruturar um PA.
Quem quiser dar uma espiada na nossa página, o link é: http://grupop6dislexia.pbworks.com/

ADORNO E KANT-perguntas e respostas

Foi bastante gratificante realizar esta atividade sobre Adorno e Kant, em que após as leituras dos textos, deveria criar duas questões para uma colega (Fabiana Silva) responder, analisar as perguntas que ela me fez e avaliar as respostas que ela deu as minhas perguntas. Gratificante porque possibilitou a troca de conhecimentos entre nós, levou a reflexão da essência dos textos para elaborar as questões, desenvolveu a crítica ao ler e avaliar tanto as perguntas quanto as respostas da colega, usando de ética, argumentando aquilo que consideramos apropriado ou não nas avaliações. Proporcionou também conhecermos uma colega com a qual não temos tanto engtrosamneto no PEAD, visto sermos muitas e acabamos realizando os debates e conversas com aquelas mais achegadas.

AUTISMO-CONHECIMENTOS E CURIOSIDADES

Leo Kanner e Hans Asperger realizaram os primeiros estudos e relatos sobre o autismo na década de 40 e foi somente na década de 90 que chegaram a conclusão de que trata-se de uma síndrome com um conjunto de sintomas, que designam "tríade de comprometimentos"(déficits no relacionamento interpessoal, na linguagem/comunicação, na capacidade simbólica e ainda, comportamento estereotipado, atentando-se para as diferenças individuais). Estudos epidemiológicos têm apontado que 70% dos indivíduos com autismo apresentam deficiência mental (Gillberg, 1990). Somente 30% apresentam um perfil cognitivo caracterizado por uma discrepância entre as áreas verbal e não-verbal em testes padronizados. Nesses indivíduos, geralmente não se identificam problemas na área não-verbal, podendo esta inclusive estar acima do esperado para a idade cronológica. O cinema encarregou-se de divulgar a noção de que indivíduos com autismo apresentam talentos especiais. Na verdade, tais habilidades estão presentes em menos de 10% dos indivíduos diagnosticados como apresentando autismo e tem sido explicadas pela combinação de comportamentos obsessivos e interesse sociais limitados ou ainda, pela tendência em processar informações do ambiente de forma específica e não global (Pring, Hermelin, Buhler & Walker, 1997).

Como aponta o texto de Cleonice Bosa: "o autismo é uma síndrome intrigante porque desafia nosso conhecimento sobre a natureza humana. Compreender o autismo é abrir caminhos para o entendimento do nosso próprio desenvolvimento. Estudar autismo é ter nas mãos um “laboratório natural” de onde se vislumbra o impacto da privação das relações recíprocas desde cedo na vida. Conviver com o autismo é abdicar de uma só forma de ver o mundo – aquela que nos foi oportunizada desde a infância. É pensar de formas múltiplas e alternativas sem, contudo perder o compromisso com a ciência (e a consciência!) – com a ética. É percorrer caminhos nem sempre equipados com um mapa nas mãos, é falar e ouvir uma outra linguagem, é criar oportunidades de troca e espaço para os nossos saberes e ignorância. Se a definição de autismo passa pela dificuldade de se colocar no ponto de vista afetivo do outro (um comprometimento da capacidade empática, como diz Gillberg, 1990) é no, mínimo curioso, pertencer a uma sociedade em que raros são os espaços na rua para cadeiras de roda, poucas são as cadeiras escolares destinadas aos “canhotos” e bibliotecas equipadas para quem não pode usar os olhos para ler. Torna-se então difícil identificar quem é ou não “autista”.

De fato, o autismo é um desafio, como coloquei no fórum, eu li, refleti mas não consigo me imaginar tendo um aluno autista!

domingo, 7 de junho de 2009

MÉTODO CLÍNICO

Na segunda aplicação do método clínico piagetiano, realizado em trios, para a interdisciplina de Psicologia, fui eu quem aplicou o método com uma aluna da escola, do 1ºano. A prova- (conservação do número – com doze pecinhas de uma cor e doze de outra, item I: linhas-espaçamento), foi realizada em sala de aula, com uma criança que fica esperando o transporte escolar, no horário do meio dia. É interessante aplicar esta testagem, que a princípio considerava muito simples, mas que para a criança, não é. Percebi na prática, que realmente as crianças atingem os estágios de desenlvovimento em períodos que variam muito de uma criança para outra, em especial levando-se em consideração o ambiente em que vivem, os estímulos que recebem. Esta menina me impressionou, pois ainda não realiza a contagem como se esperava, não possui a conservação de número, o que foi constatado com a aplicação da prova. Conforme relatei na análise do trabalho: "Percebe-se claramente, que a aluna encontra-se no estágio pré-operatório, pois revela ausência de equilíbrio entre os processos de assimilação e acomodação, há muitas assimilações deformantes da realidade ao eu, sendo que ainda não apropriou-se da contagem e da relação número e quantidade, mostrando que ainda não conserva o número como representante da quantidade; seu pensamento é egocêntrico, não é capaz de lidar com idéias diferentes das suas, não muda de opinião."
Então, podemos aprender muito sobre uma criança por aplicar testes clínicos específicos. Piaget dedicou boa parte de sua vida no desenvolvimento de testes clínicos para conhecer os estágios de desenvolvimento cognitivo das crianças.


ÍNDIO NO BRASIL

Ao realizar a leitura do texto sobre os índios no Brasil, escrito por um índio Baniwa, fiquei surpresa em aprender que o termo índio surgiu de um erro náutico, lá nos tempos das grandes navegações, cometido pelo navegador Cristóvão Colombo, que encontrou o território que hoje é as américas e genericamente apelidou os habitantes que ali estavam de "índio" ou "povo indígena" e que esta denominação passou a ser aceita, primeiramente de forma pejorativa e, mais tarde, por volta da dácada de 1970, com o movimento indígena organizado é que os povos indígenas resolveram manter, aceitar e promover a denominação genérica de índio ou indígena, como uma identidade que une, articula, visibiliza e fortalece todos os povos originários do atual território brasileiro e, principalmente, para demarcar a fronteira étnica e identitária entre eles, enquanto habitantes nativos e originários dessas terras, e aqueles com procedência de outros continentes, como os europeus, os africanos e os asiáticos. A partir disso, o sentido pejorativo de índio foi sendo mudado para outro positivo de identidade multiétnica de todos os povos nativos do continente. De pejorativo passou a uma marca identitária capaz de unir povos historicamente distintos e rivais na luta por direitos e interesses comuns. É neste sentido que hoje todos os índios se tratam como parentes.
A partir destas aprendizagens, percebo ainda mais claramente a importância de desenvolver com meus alunos o respeito pela diversidade étnica que há em nosso país, começando por valorizar a cada um, com suas características próprias, e assim reconheçam que cada indivíduo possui sua cultura herdada e que esta deve ser honrada por cada ser.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Adorno - EDUCAÇÃO E BARBÁRIE

Estas questões filosóficas estão me levando a ler e pesquisar muito. Por exemplo, para produzir o texto da interdisciplina de Filosofia, a partir do texto de Adorno, sobre educação e barbárie, fui buscar subsídios na internet sobre a questão da barbárie, o que é, o papel da educação, violência na escola e o que outros estudiosos dizem a respeito. Li bastante. Escrevi meu texto, mas não sei se está bom, estou anciosa para receber o comentário e saber se consegui atingir o objetivo.
Algumas citações do meu texto são:

"O que Adorno pretende com a educação contra a barbárie é que as pessoas e principalmente os adolescentes e crianças criem uma aversão à violência física e a escola tem um papel importante neste processo."

"Aquino (1996) discute que a escola passa a receber sujeitos não homogêneos, provindos de diferentes classes sociais, com diferentes histórias de vida e com uma “bagagem” que, muitas vezes é negada pela escola. A experiência docente não pode negar esta afirmação. As escolas ainda não sabem lidar com a indisciplina. Os educadores atuais são frutos de uma educação tradicionalista, onde a regra era imposta sem discussão, a obediência era conquistada com a punição. Atualmente, os alunos não aceitam as regras sem contestação, sabem que a punição não tem mais efeito disciplinador, eles têm consciência de seus direitos humanos. Porém, não estão cientes de seus deveres e limites frente aos demais elementos da sociedade que os cerca, como os colegas e professores, aí que surge o problema da indisciplina, muitas vezes violenta, até com traços de barbárie entre estudantes e professores nas escolas."

"Adorno estaria perplexo se hoje, cerca de 40 anos após seu debate com o professor Becker na rádio de Hessen, transmitido em 14 de abril de 1968, se deparasse com o fracasso da educação em formar cidadãos emancipados. Esse despreparo leva a necessidade de uma mudança de paradigma nas escolas, na formação de educadores cientes de seu papel em evitar um retorno a barbárie como na época do nazismo."

Este assunto leva a muitas concepções, abordei apenas a questão da escola e do educador diante do papel disciplinador, contra a violência e a barbárie. E, nesta abordagem mostrei apenas o fracasso da escola em evitar sentimentos de barbárie, como Adorno desejava.

domingo, 17 de maio de 2009

DEFICIÊNCIA FÍSICA

A unidade 4 da interdisciplina tem muito a nos ensinar quanto a alunos portadores de necessidades especiais, em especial necessidades de atendimento educacional especializado, devido a deficiência física. Eu realizei algumas aprendiazgens nesta área durante a leitura do texto proposto, inicalmente no capítulo um: "CONHECENDO O ALUNO COM DEFICIÊNCIA FÍSICA ". Com este texto aprendi a respeito da plasticiadade neural. Já ouviram falar? Trata-se da capacidade ou habilidade do sistema nervoso de tomar a forma ou alterar a forma e funcionamento a partir da demanda ou exigência do meio. Junto com este conhecimento é importante sabermos, como educadores, que a escola funciona como uma provedora de estímulos. Segundo o texto, "o ambiente escolar promove desafios de aprendizagem...O estudo da plasticidade neural vem nos demonstrar que o ser humano é ilimitado e que, apesar das condições genéticas ou neurológicas, o ambiente tem forte intervenção nesses fatores. Quanto mais o meio promove situações desafiadoras ao indivíduo, mais ele vai responder a esses desafios e desenvolver habilidades perdidas ou que nunca foram desenvolvidas. Uma criança com atraso no desenvolvimento motor, ou com uma paralisia cerebral, quando incluída em ambiente escolar inclusivo, tem inúmeras razões para se sentir provocada a desenvolver habilidades que não desenvolveria em um ambiente segregado."
No entanto, as escolas precisam estar adequadas para proporcionar este ambiente estimulador. Entra aí a ação do AEE - Atendimento Educacional Especializado, que deve oferecer recursos didático-pedagógicos aos educando e aos professores. Que tipo de recursos? Publicarei mais a frente.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

QUESTÕES ÉTNICOS-RACIAIS NA ESCOLA




Como foi solicitado na interdisciplina, elaborei a seguinte proposta de aula para desenvolver com meus alunos, resgatando a identidade cultural deles.
ATIVIDADE ÉTNICO-RACIAL

Assim que realizar contarei como foi, como os alunos reagiram, as impressões e aprendizagens desenvolvidas.
Acima está a capa do livro que usarei na atividade, vale a pena conferirem!
Então, conforme disse, as impressões que surgiram a partir da aplicação da atividade:
Os alunos participaram com muito interesse, expressaram que gostaram da histórias ao observarem atentamente as ilustrações, comentarem o que viam e ouviam e principalmente, relacionarem as suas histórias com a da Lelê, tipo: "eu também não gostava do meu cabelo", "eu ainda não sei de onde eu tenho esse cabelo assim", "a minha mãe disse que eu puxei o meu avô, por isso meu cabelo é assim".
Outra surpresa que tive, foi dos alunos afirmarem ser de origem negra, quando eu não os considerava negros. Assim, através do texto sobre as etnias, verificamos que estes alunos são, na verdade, mulatos (mistura étnica de negro com branco), a grande maioria, e, caboclos (mistura étnica de índio com branco). Assim, minha turma apresenta três etnias: branca, negra, mulata e cabloca.
Um aspecto triste apresentado durante a atividade, é de alunos que sentiram-se a vontade para falarem de situações de preconceito que enfrentam por suas origens negras. Alguns até mesmo expusream a vontade de serem brancos, para que não se referissem a eles como "nego fedido", "nego feio", "nego sujo". Imaginem, são crianças ouvindo este tipo de comentários de adultos preconceituosos! Como fica a auto-estima destes alunos? Espero que nossa aula, a história da Lelê, as conversas que tivemos, possam ser de ajuda a estes alunos para melhorarem sua auto-imagem e auto-estima, pois são crianças lindas, frutos de uma mistura étnica que tem embelezado nosso povo através dos séculos!
A realização da atividade proposta me ajudou a identificar as essências mencionadas no texto de Marilene Leal Pare, que comentarei em outra postagem.

domingo, 10 de maio de 2009

O CLUBE DO IMPERADOR

Neste filme, o professor de História da Antiguidade Clássica, William Hundert, durante as avaliações das provas que definiriam os alunos finalistas da tradicional competição chamada de “Clube do Imperador” da escola, vê-se diante de uma situação difícil. O aluno Sedgewick Bell, que havia chegado a pouco na escola, aparentemente desinteressado, arrogante e prepotente, de repente o surpreende, esforçando-se muito e mostrando capacidade de ser um dos finalistas. Porém, este aluno fica um ponto a menos que o outro aluno, exemplar, filho de um ex-aluno que já havia ganhado o título de imperador. O que ele faria? Seria imparcial, levando em consideração os resultados obtidos realmente por cada aluno? Neste caso, desmotivaria Sedgewick, que estava mostrando interesse em conseguir se sair melhor nos estudos? O que fazer? O aluno havia mostrado uma capacidade que ele não esperava, talvez aprendesse valores e virtudes com o conhecimento que adquiriria com a história dos grandes imperadores e agora que ele estava conseguindo que o aluno se interessasse por conhecimento, eliminaria ele, jogando por água abaixo o que o aluno conquistou até então, incluindo sua confiança, ou manipularia o resultado permitindo que este chegasse até a final e mostrasse todo o seu potencial? Ele decidiu por manipular a prova.
No entanto, partir destas questões que eu levantei ao assistir o filme e realizar a atividade proposta, cheguei a seguinte conclusão, conforme argumentei no texto que postei:
Podemos dizer que foi uma decisão eticamente correta, mas moralmente não. Pois o professor fez algo que não poderia, manipulou uma avaliação. A avaliação é a prova do que o aluno sabe ou não, no momento em que o professor a manipula, ele está falsificando a prova. Entra aqui também a questão da justiça. E o outro aluno, que havia se empenhado tanto para conseguir ser finalista e, realmente tinha condições, ele foi prejudicado por uma decisão parcial do professor. As decisões que tomamos conscientemente e que sabemos, que de alguma forma prejudicarão alguém, não são moralmente corretas. No entanto, como no texto “Defesa de Sócrates”, o professor fez o que no momento acreditava ser uma forma de valorização da pessoa em questão, o aluno Sedgewick. Que de arrogante e prepotente, passou a ser um ávido estudante, mostrou grande capacidade de conhecimento e aprendizagem, isso ele não tinha até então, o que justificava sua rebeldia, estava aí uma oportunidade de o professor desenvolver as virtudes intelectuais deste aluno. Ele, o professor, acreditou nisso e apostou nisso, eis que tomou determinada decisão. Talvez, pensasse ele, o outro aluno é excelente, ele já tem o estímulo através do pai, mesmo não participando da final, continuaria a prezar os estudos e conhecimentos que este lhe proporcionava. O fato de não participar da competição, mesmo que lhe deixando desapontado por um tempo, não lhe tiraria a virtude do conhecimento e do bom aluno.
Assim como Sócrates, o professor estava disposto a arriscar-se por aquilo que acreditava ser o melhor para seus alunos. Não estava preocupado com o julgamento que fariam dele, pois tinha convicção de que poderia fazer a diferença para seus alunos e que sua atuação é para o bem, mesmo que outros a questionassem. A decisão do professor poderia entrar julgamento, como a atuação de educador de Sócrates entrou, tendo de um lado os que a defendessem, e de outro os que a condenariam, dependendo do ponto de vista de quem olhasse. Por isso digo que é eticamente correta, do meu ponto de vista como professora, mas moralmente não, do ponto de vista da regras de avaliação e de justiça imparcial.

PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS

Conforme coloquei no fórum:
Muito importante os apontamentos que Rosângela Gavioli Prieto faz em seu texto “Políticas de melhoria da escola pública para todos: tensões atuais”, pois eu e muitos outros professores não temos conhecimento do que a lei diz a respeito da educação especial, nem do que é atribuído às escolas regulares de ensino com princípio inclusivo. Por exemplo:
No Parecer 17/01 e na Resolução 2/01, especifica que os serviços especializados deve ocorrer nas escolas públicas e privadas da rede regular de ensino, com base nos princípios da escola inclusiva. Essas escolas, portanto, além do acesso à matrícula, devem assegurar as condições para o sucesso escolar de todos os alunos. Extraordinariamente, os serviços de educação especial podem ser oferecidos em classes especiais, escolas especiais, classes hospitalares e em ambiente domiciliar (PARECER 17/01).
Já o Art. 7º esclarece que o atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais deve ser realizado em classes comuns do ensino regular, em qualquer etapa ou modalidade da Educação Básica (RESOLUÇÃO 2/01).
No entanto, esta parte do texto me deixou em dúvida: “Quanto à organização dos referidos serviços, a Resolução 2/01, prevê como apoio pedagógico especializado disponíveis às classes comuns: o professor especializado em educação especial; professores-intérpretes das linguagens e códigos aplicáveis; atuação de professores e outros profissionais itinerantes intra e interinstitucionalmente; outros apoios necessários à aprendizagem, à locomoção e à comunicação e salas de recursos (art. 8°, IV e V). Ainda, estabelece condições para a coexistência de serviços especializados, tais como as classes especiais e as escolas especiais, desde que as respeitado seu caráter transitório ou extraordinário, respectivamente. As classes hospitalares e o atendimento em ambiente domiciliar são reservados para os casos em que os alunos estejam impedidos de freqüentar as aulas por motivos de saúde, e devem ser organizados por meio de ação integrada com os sistemas de saúde (art. 9°, 10 e 13). “
Por que a dúvida? Isso está definido na lei, mas nem Sapiranga, nem Novo Hamburgo onde moro, e nem em outros municípios da região oferecem este apoio pedagógico aos professores e educandos portadores de necessidades especiais nas classes comuns. Sapiranga oferece serviços especializados em centros como o NAE- Núcleo de Atendimento ao Educando, APAE, APADA, escola pólo para deficientes visuais. Porém atendimento nas escolas regulares, junto aos professores ou com os alunos não existe. Mas se é lei, quando irá vigorar? Tem um prazo para os municípios se adequarem a lei? Ou cada um faz como pode ou acha melhor? Precisaria de mais esclarecimentos tanto da lei como do cumprimento dela por parte das autoridades competentes.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

EU E O OUTRO

Como é legal parar para rever as fotos e recordações da nossa constituição física e psicológica. Nestes momentos refletimos sobre o quanto certas pessoas são tão importantes para nós e o quanto elas influenciaram na nossa constituição moral e ética. Ao elaborar o trabalho para a interdisciplina de QER, consegui contemplar algumas pessoas que marcaram muito na minha vida.
O mais interessante disso é ouvir colegas do PEAD comentando sobre esse trabalho por reconhecerem a riqueza de informações e a minha gratidão pelas pessoas que constribuíram para eu ser o que sou hoje.
EU E OS OUTROS

ÉTICA E MORAL

Mesmo ainda não tendo realizado a atividade sobre o filme "O Clube do Imperador", da interdisciplina de Filosofia da Educação, sinto a necessidade de começar a postagem sobre a aprendizagem que fiz: o professor falha, por falta de ética ou de moral. Temos o poder de manipular resultados a favor ou contra alunos, para beneficiá-los ou prejudicá-los, conforme o conceito que criamos sobre este aluno. E o pior é que falhamos! No filme o professor pode reconhecer isso, a sua falha em beneficiar um aluno que julgava capaz de ser um grande homem. E nós, se já fizemos isso, como saberemos se foi a decisão sábia a tomar?
Outra aprendizagem que o filme aponta: o professor educa e não molda as virtudes de seus alunos. Isto foi dito pelo pai do jovem em quem o professor depositou sua confiança e arrependeu-se, pois realmente o professor não consegue moldar as virtudes herdadas e reforçadas pela família. Talvez a educação consiga fazer isso, mas não o professor. O tempo que passamos com nossos alunos é muito pequeno em relação ao ambiente familiar.
O filme também nos mostra que temos o poder de deixar marcas positivas em nossos alunos. Mesmo que estes no futuro, não apliquem em suas vidas o que nos esforçamos em ser exemplos, eles podem vir a reconhecer e valorizar esse nosso esforço.

terça-feira, 21 de abril de 2009

ÉTICA

Muito importante a ética na profissão docente, pois trabalhamos com pessoas de diversas classes, etnias, culturas e religiões. Precisamos saber respeitar cada uma delas sem hipocrisia, mas com ética.
No trabalho de análise do texto do antropólogo francês,(O dilema do Antropólogo Francês) em Filosofia da Educação, tivemos a oportunidade de exercitar a ética ao argumentar em defesa ou contestar a atitude do antropólogo, de acordo com o grupo em que participávamos. Para a satisfação da minha ética, fiquei no grupo de contestação, pois o antropólogo usou de mentira para com o povo daquela ilha e mentir é imoral, mesmo que a ética dele lhe tenha dado justificativas para ter mentido. A minha ética não aceita a mentira em nenhuma hipótese, penso que podemos nos omitir, mas jamais mentir.
No entanto, o trabalho exigiu que algumas colegas defendessem o antropólogo. E aí, mesmo sendo contra a mentira, a ética me faz respeitar os argumentos das colegas da defesa, e respeitar não significa concordar, tanto que repliquei os argumentos delas.
Viram, aprendi o que é argumento, defesa, contestação, replica e, principalmente ética!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS

Estou com grandes expectaivas em relação a esta interdisciplina, pois já trabalhei com alunos de inclusão e reconheço que pouco contribui para a aprendizagem deles, principalmente por não ter os subsídios de apoio a como lidar com determinadas dificuldades e deficiências. Creio que no aspecto de inserção destes alunos na escola fiz a minha parte por recebê-los com carinho, dar-lhes atenção e ajudar os colegas a mostrar respeito e consideração a estes alunos. Todos deixaram boas lembranças!
Gostei muito da oportunidade de relatar sobre as experiências de inclusão num dossiê e ir construindo as aprendizagens da interdisciplina neste dossiê, que chamamos de DOSSIÊ DE INCLUSÃO. Podem dar uma espiadinha no meu dossiê.
Nas leituras que já realizei até agora, reforçei a opinião que já tinha favorável a inclusão por ser importante as crianças e levar em consideração a diversidade. Agora espero ter os meios de melhorar a educação destes alunos, na apropriação de conhecimentos e habilidaes que lhe deem mais autonomia.

CONQUISTAS NO PEAD

Com certeza as conquistas foram muitas até então, mas em relação ao semestre 2 de 2008 destaco as aprendizagens na elaboração e construção de um projeto de aprendizagem. Esta proposta de construir aprendizagens a partir dos interesses do educando é o que vai revolucionar a educação daqui pra frente, pois as crianças cada vez mais vem com conhecimentos prévios de casa através dos meios de comunicação e do computador, conhecimentos estes que despertam dúvidas, dúvidas que despertam curiosidade e curiosidade que leva a pesquisa, então entra aí a ação da escola, que deve proporcionar aos educandos a habilidade de autonomia para ir em busca dos conhecimentos que lhe interessam ou lhe são necessários e aprendi que os projetos de aprendizagens oferecem estas habilidades, de autonomia e utilização de recursos de pesquisa. Espero contribuir para a educação por aprimorar e adequar a minha prática a esta proposta de PA.

domingo, 5 de abril de 2009

EPISTEMOLOGIA E CONSTRUTIVISMO

Ao ler o material sugerido para a unidade de estudo da interdisciplina de Psicologia II, achei alguns pontos interessantes:



EPSITEMOLOGIA: é a teoria da ci~encia, ou ainda, estudo do conhecimento.

GENÉTICO: relativo a gênese

EPISTEMOLOGIA GENÉTICA: estudo da gênese do conhecimento humano. Piaget estuda a gênese das estruturas cognitivas, explicando-a pela construção - daí construtivismo - mediante a interação radical entre sujeito e objeto.

INTERACIONISMO: a origem do conhecimento está na síntese permanente entre as condições internas do sujeito e do meio, entre a maturação e a experiência adquirida.

INTELIGÊNCIA: na epistemologia ganética de Piaget é definida como a busca intencional de meios para atingir um fim.

CONSTRUTIVISMO: é uma teoria que permite (re)interpretar a prática,´o método, a técnica, o projeto, jogando-nos para dentro do movimento da história - da humanidade e do universo.



ADAPTAÇÃO: equilíbrio progressivo entre a assimilação e a acomodação;

ASSIMILAÇÃO: incorporação de elementos novos a uma estrutura já existente e o seu pólo complementar;

ACOMODAÇÃO: transformações pelas quais passa a estrutura já existente para incorporar elementos novos.

Logo a ASSIMILAÇÃO consiste na ação do sujeito sobre o meio e a ACOMODAÇÃO numa ação do sujeito sobre si próprio para responder às resistências oferecidas pelo meio.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

EXPECTATIVAS PARA 2009

As minhas expectativas em relação ao PEAD são as mesmas do início do curso, porém com mais convicção de atingi-las. Conhecimento e preparo para realizar a minha prática de forma consciente, atualizada e eficiente. Poder avaliar a docência de forma crítica, vendo as possibilidades de mudança e melhora. Fazer parte da história da educação. Como a minha vida pessoal depende de estar de bem profissionalmente, a formação que estou buscando com certeza contribuirá muito para isso.

domingo, 29 de março de 2009

Resgatar a ancestralidade

Fiquei super feliz de ler o texto de Daniel Mandacuru, "Em busca de uma ancestralidade brasileira", principalmente onde ele diz:
"Uma solução é fazer com que os alunos busquem sua ancestralidade... É preciso trazer a figura dos antepassados para dentro da escola. Trazer suas histórias, seus comprometimentos, suas angústias, sua humanidade. É preciso fazer com que nossas crianças possam buscar a riqueza dos ancestrais, dos avós, bisavós..."
A alegria vem de saber que, sem saber o quanto é importante, já estava resgatando a ancestralidade dos meus alunos ao trabalhar com a história deles e como documento desta história, a sua certidão de nascimento. Acreditem, tem alunos que até então não sabiam o nome dos avós, o que quer dizer materno e paterno. Neste ano, um aluno mencionou com alegria, que era a primeira vez que ele via o nome de seu pai, que ele não sabia, pois o pai havia falecido quando ele era bebê e a mãe não falava do pai por causa do padrasto! Algumas famílias não mandam a certidão, mas eu busco no fichário da escola e o aluno terá a oportunidade de saber quem são as pessoas que fazem parte da sua história. Preciso aprimorar trazendo os avós para a sala de aula, para que aprendam da experiência de vida.

sexta-feira, 27 de março de 2009

INICIANDO O EIXO 6

Bom, já passamos da metade do caminho, agora não dá mais para desistir. O negócio é seguir em frente...
Dou início aos registros das minhas aprendizagens, escrevendo sobre a primeira atividade de FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO A-C. Já havia escutado a expressão "premissa", mas nunca me preocupei em saber o que significava, ou que ouvesse relação com a argumentação. Entendo assim que as premissas são os argumentos que usamos para justificar determinada conclusão. Exemplo: O PEAD é um curso que exige muito empenho dos aluno, pois trabalha com a interdisciplinariedade e interação virtual entre os alunos e, embora o horário é flexível, existem prazos que devem ser respeitados e ainda há o workshop como avaliação final a cada semestre.
PREMISSA 1: pois trabalha com a interdisciplinariedade e interação virtual entre os alunos
PREMISSA 2: embora o horário é flexível, existem prazos que devem ser respeitados e ainda há o workshop como avaliação final a cada semestre
CONCLUSÃO: O PEAD é um curso que exige muito empenho dos alunos

INICIANDO O EIXO 6